Opinião: O Botafogo precisa ter um técnico que já esteja preparado para organizar o fim desta temporada e da próxima em 2026, há bons nomes livres no mercado; Situação de Davide Ancelotti no Fogão é delicada



Davide Ancelotti no Morumbis Foto: Alexandre Schneider/Getty Images


Seja o Botafogo permanecendo com John Textor no controle da SAF, com outros acionistas da Eagle e uma coalizão com Ares e Iconic Sports, ou até novos investidores, o que é necessário agora, é caso Davide Ancelotti venha ser demitido, já ter nomes encaminhados de treinadores, pensando na temporada de 2026, mas para isto, tem que o Botafogo vencer jogos em 2025, do Brasileirão, para sonhar em se classificar para a Libertadores do próximo ano. 


Muitos torcedores até falam que o ano tem que acabar, mas o ano e o tempo só irão passar, o problema têm sido o extracampo, judicial de Textor vs Iconic Sports, Eagle e Ares, e a aposta em Davide Ancelotti, que recebe um salário menor em comparação com outros técnicos, e só veio para ter a ponte jogadores do Botafogo na Seleção Brasileira, tal ação foi um equívoco, antes Davide tivesse ido pro Rangers da Escócia em Maio de 2025. Em Setembro deste ano, John Textor respaldou Davide até meados de Janeiro de 2026, porém a ameaça do Botafogo ficar de fora da próxima Libertadores, pode fazê-lo mudar de ideia.


Além de tudo isso, tem a questão de Luca Guerra, preparador físico da comissão técnica de Davide Ancelotti ter se queimado com a diretoria e a torcida do Botafogo, após o segundo maior número de lesões do Botafogo desde 2022, em tempos de SAF, ter sido registrado.


John Textor de certa forma acreditou que Davide Ancelotti que possui a mesma idade de Fernando Marçal, 36 anos, iria ajudar apagar o fogo, enquanto os problemas extracampos ocorrem. Mas não deu certo.


Há bons nomes de técnicos livres no mercado:



Rui Vitória, é um treinador português com uma carreira marcada por passagens bem-sucedidas em clubes de Portugal e de ótimas experiências internacionais — em especial no Benfica, Al-Nassr (Arábia Saudita), Spartak Moscou (Rússia) e na seleção do Egito. O seu trabalho é geralmente associado a uma abordagem organizada, pragmática e equilibrada, com ênfase na estrutura coletiva, no rigor tático e na gestão de grupo.



A seguir, um resumo detalhado do trabalho e estilo de jogo das equipes comandadas por Rui Vitória:


Filosofia Geral de Trabalho


Rui Vitória é um treinador metódico, conhecido por:


Valorizar a disciplina tática e o compromisso defensivo;


Procurar equilíbrio entre ataque e defesa, evitando deixar riscos;


Apostar numa transição rápida e eficaz, tanto ofensiva quanto defensiva;


Dar liberdade controlada aos jogadores mais criativos, dentro de uma estrutura rígida;


Focar bastante na preparação mental e emocional do elenco — trabalha bem em contextos de pressão.


Costuma ter uma abordagem adaptativa: não é um técnico dogmático. Adapta o modelo de jogo aos jogadores disponíveis e ao contexto competitivo (por exemplo, equipas mais ofensivas no Benfica, mais reativas no Spartak e Egito).


Estrutura Tática Típica

Sistemas mais usados:


4-4-2 clássico ou losango, no Benfica (com Jonas e Mitroglou na frente);


4-2-3-1, em clubes onde quis reforçar a segurança defensiva (Al-Nassr, Spartak, Egito);


4-3-3, em contextos onde precisava de mais controlo no meio-campo.


Princípios de jogo:


Organização Defensiva


Bloco médio/baixo bem compacto, com linhas curtas;


Boa ocupação dos espaços entre linhas, evitando passes verticais do adversário;


Laterais com atenção defensiva — raramente ficam muito projetados ao mesmo tempo;


Pressão coordenada: prefere pressão situacional (no momento certo) a pressão alta constante;


Forte nas transições defensivas, com reposicionamento rápido.


Transição Ofensiva


Um dos pontos fortes das equipas de Rui Vitória.


Saída rápida após recuperação da bola, com poucos toques e ataques diretos.


Aproveitamento dos extremos e dos atacantes móveis para explorar espaços nas costas da defesa.


Envolvimento dos médios de chegada para finalizar ou apoiar o contra-ataque.


Organização Ofensiva


Paciência na construção, mas sem excesso de passes: busca objetividade e verticalidade.


Laterais oferecem largura, enquanto extremos tendem a procurar diagonais;


Meio-campo equilibrado: um médio mais posicional e outro de progressão (ex: Fejsa + Pizzi no Benfica).


Boa utilização das bolas paradas, tanto ofensivas quanto defensivas.



Gestão de Grupo e Perfil de Liderança


É conhecido por ser tranquilo, racional e próximo dos jogadores, mas exigente.


Trabalha muito o aspecto emocional e motivacional, promovendo coesão no elenco.


Prefere liderar pelo exemplo e pela coerência em vez de ser autoritário.


Costuma apostar em jovens (no Benfica lançou talentos como Renato Sanches, Lindelöf, Ederson, Gonçalo Guedes, entre outros).


Resultados e Legado


Benfica (2015–2019): conquistou 2 Campeonatos Portugueses, 1 Taça de Portugal e 2 Supertaças. Foi um período de futebol equilibrado, eficaz e vencedor, mesmo após a saída de figuras-chave.


Al-Nassr: campeão da Liga Saudita 2018–19, consolidando um estilo sólido e pragmático.


No Spartak Moscou: procurou implantar um jogo mais controlado, mas teve dificuldades com adaptação e contexto político/cultural.


Na Seleção do Egito: Classificou para a Copa do Mundo de 2022 (eliminado nos pênaltis contra Senegal) e manteve o Egito competitivo, priorizando uma defesa consistente.


Rui Vitória é um treinador de perfil equilibrado e realista, com foco na organização, no coletivo e nas transições rápidas.

Suas equipes costumam ser:


Bem estruturadas defensivamente,


Rápidas e objetivas nas transições,


Comedidas na posse de bola,


E com boa gestão emocional e de grupo.


Não é um técnico de futebol “espetacular” ou ultraofensivo, mas sim um construtor de equipes consistentes, competitivas e mentalmente fortes.



Lucien Favre é um treinador suíço amplamente reconhecido por seu rigor tático, atenção aos detalhes e estilo de jogo técnico e ofensivo, com forte ênfase na organização coletiva, circulação inteligente da bola e desenvolvimento individual dos jogadores. É considerado um dos técnicos mais meticulosos da Europa, admirado pela sua capacidade de melhorar o rendimento técnico-tático das suas equipes e extrair o máximo de jogadores jovens.


Filosofia Geral de Trabalho


Lucien Favre é um treinador que combina cientificidade, paciência e controle.

Seu futebol baseia-se em quatro pilares principais:


Organização tática rigorosa, com grande atenção às distâncias entre setores e coberturas.


Saída de bola limpa e bem trabalhada, mesmo sob pressão adversária.


Movimentação coordenada e jogo posicional flexível, com trocas constantes de posição.


Eficiência nas transições, mas com preferência pelo ataque posicional e controle da posse.


Favre é conhecido por estudar profundamente os adversários e ajustar detalhes específicos a cada jogo, sem abandonar sua ideia central de dominar com bola e inteligência tática.


Estrutura Tática e Padrões de Jogo

Sistemas mais usados


4-2-3-1 (o mais característico de sua carreira)


4-3-3 em variantes mais ofensivas ou quando tinha meias criativos


3-4-2-1 ocasionalmente, para ajustar equilíbrio defensivo


Organização Defensiva


Favre exige compactação extrema entre linhas — suas equipes raramente são abertas.


As linhas se movem em bloco, mantendo sincronia e cobertura entre zagueiros e laterais.


Não costuma aplicar pressão alta constante; prefere pressão média-inteligente (pressionar no momento certo).


Zagueiros e médios são treinados para antecipar passes e recuperar bolas por posicionamento, não por agressividade.


É obcecado por evitar erros não forçados — prefere perder espaço do que desorganizar a estrutura.


Organização Ofensiva


Suas equipes prezam pelo ataque posicional: ocupação racional dos espaços e circulação paciente até criar o momento certo.


Favre estimula movimentos coordenados em triângulos (principalmente pelos corredores laterais).


A saída de bola curta é fundamental: os goleiros e zagueiros são instruídos a iniciar o jogo com passes curtos e precisos, atraindo o adversário para liberar espaço mais à frente.


Gosta de laterais técnicos e médios construtores (capazes de girar o jogo e encontrar linhas de passe verticais).


Ataques rápidos, mas não precipitados: Favre valoriza a progressão com poucos toques, mas apenas quando o momento é favorável.


Transições


Na transição ofensiva, busca ataques rápidos e limpos, explorando a movimentação coordenada dos pontas e meias de chegada.


Na transição defensiva, o foco é recompor rapidamente a estrutura, evitando duelos abertos.


Favre prefere “controlar o caos” — suas equipes raramente são pegas desorganizadas após perda de bola.


Detalhismo e Treinos


Favre é notório por:


Treinar obsessivamente movimentos automatizados (como trocas de posição, coberturas e triangulações curtas).


Usar análises de vídeo e estatísticas avançadas para corrigir pequenos erros individuais e coletivos.


Corrigir postura corporal e ângulo de passe dos jogadores durante o treino — é extremamente técnico.


Fazer sessões curtas e muito intensas, com foco em precisão e tomada de decisão.


Gestão de Grupo e Perfil de Liderança


Personalidade reservada e introspectiva, mas muito respeitada por sua competência.


Exige disciplina e concentração, mas sem autoritarismo; prefere convencer pelo raciocínio.


Conhecido por desenvolver jovens talentos, como:


Marco Reus (Mönchengladbach)


Yann Sommer, Granit Xhaka, Thorgan Hazard


Christian Pulisic, Jadon Sancho, Erling Haaland (no Dortmund)


Jean Seri e Alassane Pléa (Nice)


Sua comunicação é calma, precisa e pedagógica — ideal para jogadores que aprendem bem conceitos táticos.


Trabalhos de Destaque


FC Zürich (2003–2007)


Quebrou jejum de 25 anos sem título suíço.


Implantou futebol ofensivo e estruturado, com jovens da base.


Hertha Berlim (2007–2009)


Surpreendeu a Bundesliga com um futebol equilibrado e eficaz.


Quase levou o Hertha à Liga dos Campeões com um elenco modesto.


Borussia Mönchengladbach (2011–2015)


Transformou um time à beira do rebaixamento em equipe de topo.


Foco em transições rápidas e futebol técnico; consolidou jogadores jovens.


Classificou o clube para a Champions League.


OGC Nice (2016–2018)


Produziu um dos futebóis mais vistosos da Ligue 1.


Equipa com posse, movimentação e precisão — 3º lugar em 2016–17.


Borussia Dortmund (2018–2020)


Estilo mais vertical, mas mantendo o controle posicional.


Potenciou jovens (Sancho, Haaland, Hakimi).


Vice-campeão alemão em 2018–19 com 81 pontos — recorde sem título na história do Dortmund.


Lucien Favre é um estrategista cerebral e perfeccionista, cujo estilo busca o equilíbrio entre beleza e eficiência.

Suas equipes são conhecidas por:


Posse inteligente, sem perdas bobas;


Organização defensiva impecável;


Saída de bola curta e controlada;


Futebol técnico, racional e bem ensaiado.


Em essência, o trabalho de Favre combina ciência e arte do jogo, transformando equipes medianas em times altamente competitivos e taticamente cultos.



Laurent Blanc é um técnico francês com uma visão de jogo sofisticada, controlada e ofensiva, fortemente marcada pela valorização da posse de bola, da organização tática elegante e da qualidade técnica individual. Ex-zagueiro de elite (campeão mundial em 1998 pela França contra o Brasil), Blanc traduz no seu trabalho a visão de um jogo pensado, limpo e inteligente, em que o controle da bola é o principal meio de dominar o adversário.


A seguir, um resumo detalhado do seu trabalho e estilo de jogo, passando por sua filosofia, estrutura tática, métodos de treino e características marcantes em clubes como Bordeaux, PSG, Lyon e na seleção francesa.


Filosofia Geral de Trabalho


Laurent Blanc é um técnico de perfil pragmático e observador, que busca equilíbrio entre bom futebol e eficiência.

Sua filosofia tem raízes no futebol de posse e controle territorial, com base nos seguintes princípios:


Dominar o jogo por meio da posse de bola — reduzir riscos mantendo o controle.


Organização posicional refinada — todos os jogadores devem saber ocupar o espaço certo para garantir linhas de passe.


Progressão paciente, mas incisiva — a posse de bola não é só de toques pro lado; há busca constante por criar superioridade numérica.


Disciplina defensiva sem abdicar do estilo ofensivo.


Foco na leitura de jogo e inteligência tática, mais do que na intensidade física.


É um treinador que preza pela clareza de ideias e equilíbrio emocional, tanto dentro quanto fora de campo.


Estrutura Tática e Estilo de Jogo

Formações mais utilizadas


4-3-3 — sua base clássica (usado no PSG e Bordeaux).


4-2-3-1 — para adaptar o meio-campo conforme o perfil dos meias.


3-5-2/3-4-3 — ocasionalmente, para reforçar a saída de bola e o controle posicional.


Organização Ofensiva


Blanc é um técnico posicional, mas não “engessado”.

Suas equipes valorizam:


Saída de bola curta e apoiada, com o goleiro participando ativamente (influência do modelo espanhol).


Zagueiros com boa qualidade técnica, fundamentais para iniciar o jogo (Thiago Silva no PSG, por exemplo).


Laterais projetados, criando amplitude e liberando os meias para circularem por dentro.


Meio-campo técnico e cerebral, formado geralmente por um volante de construção (ex: Thiago Motta, Marquinhos em fase posterior), um “box-to-box” e um meia de criação.


Ataque paciente e articulado, alternando posse lateral com aceleração súbita quando surge espaço.


Prioridade para combinações curtas, triangulações e apoio constante ao portador da bola.


Blanc busca controle e fluidez, com ocupação racional dos espaços e posse dominante, mas produtiva.


Organização Defensiva


Prefere linha defensiva média/alta, compacta e coordenada.


Pressão moderada (não é um treinador de “gegenpressing”); o foco é o posicionamento inteligente e recuperação por interceptação, não pela intensidade.


Defesa posicional muito bem estruturada, com zagueiros que conduzem a linha e meias que fazem coberturas.


Os laterais raramente sobem simultaneamente — há sempre equilíbrio estrutural.


Favorece o controle sem bola, ou seja, o adversário pode tê-la, mas sem progressão real.


Transições


Ofensiva: gosta de iniciar o contra-ataque com passes verticais e diagonais rápidas. Os pontas e meias devem ler o espaço imediatamente após a recuperação.


Defensiva: foco em reorganizar o bloco rapidamente, sem caça individual à bola.


Blanc prioriza recomposição coletiva e leitura de momentos, não intensidade sem definição.


Perfil de Treinador e Gestão de Grupo


Laurent Blanc é um treinador tranquilo, analítico e racional, conhecido por:


Gestão serena de vestiário, especialmente com estrelas (caso do PSG).


Capacidade de gerar respeito e estabilidade emocional no grupo.


Excelente comunicador tático, explica detalhadamente os comportamentos esperados.


Exige maturidade e inteligência tática — prefere jogadores que compreendem conceitos do jogo.


Dá liberdade criativa aos craques, desde que respeitem o sistema coletivo.


Por ter um estilo mais reflexivo e calmo, às vezes é criticado por falta de intensidade emocional à beira do campo, mas seus elencos o respeitam profundamente.


Trabalhos de Destaque

Bordeaux (2007–2010)


Seu primeiro grande trabalho.


Montou uma equipe altamente organizada e criativa, com Yoann Gourcuff como referência técnica.


Campeão da Ligue 1 em 2008–09 e da Supertaça Francesa.


Equipa com posse, movimentação e forte coesão tática — antecipou o estilo que ele refinaria no PSG.


Seleção Francesa (2010–2012)


Assumiu após o caos da Copa de 2010, promovendo renovação disciplinar e tática.


Priorizou o controle emocional e o resgate da identidade técnica da França.


Conduziu a seleção à Euro 2012, com futebol de posse, mas sem grande brilho.


Saiu deixando uma base sólida para o trabalho posterior de Deschamps.


Paris Saint-Germain (2013–2016)


Período de maior sucesso e consolidação de seu estilo.


Comandou um elenco de estrelas (Ibrahimović, Thiago Silva, Verratti, Di María, Cavani, etc.).


Dominou o cenário nacional:


3 Ligas Francesas,


2 Copas da Liga,


2 Copas da França,


3 Supertaças.


Seu PSG era caracterizado por:


Controle total da posse (60–70%),


Saída de bola com paciência,


Circulação intensa até abrir espaços,


Médio-campo técnico (Motta–Verratti–Matuidi),


Pressão posicional e transições curtas.


Críticas: em competições europeias, o time às vezes carecia de intensidade e verticalidade em jogos grandes.


Al-Rayyan (2020–2022) e Lyon (2022–2023)


No Catar, manteve seu estilo controlado, mas com menos sucesso competitivo.


No Lyon, tentou recuperar a identidade técnica do clube, priorizando jovens e construção desde trás.


Teve dificuldades em equilibrar resultados e desenvolvimento tático num contexto instável.


O treinador francês Laurent Blanc assumiu o comando do Al-Ittihad em julho de 2024. 


Em sua primeira temporada, conseguiu realizar um trabalho marcante: conduziu o clube ao título da liga saudita (Saudi Pro League) e à Copa do Rei da Arábia Saudita (King’s Cup), completando a dobradinha doméstica.


Principais conquistas


Levou o Al-Ittihad ao topo da liga com antecedência. 

Venceu a King’s Cup, com destaque para atuação de Karim Benzema, que marcou dois gols na final.


Estabeleceu excelente aproveitamento em casa, além de uma sequência de vitórias no período.

Final da passagem e “por que saiu”


Apesar desse sucesso, o clube decidiu se separar de Blanc em setembro de 2025, após um início de nova temporada considerado abaixo das expectativas — derrota na Supertaça, eliminação precoce em torneio asiático, e uma partida crucial perdida por 2-0 contra o rival Al-Nassr.


O clube alegou que a decisão se deu por “falta de progressão” e alinhamento com as ambições futuras.

Blanc trouxe ao Al-Ittihad sua experiência tática e capacidade de estruturação de equipe — conseguiu estabilizar desempenho, resgatar consistência, e alcançar títulos. Entretanto, o ambiente de altas expectativas e necessidade de evolução constante fizeram com que o sucesso imediato já não fosse suficiente para manter o projeto intacto no médio prazo.


Laurent Blanc é um treinador de posse refinada, equilíbrio estrutural e controle tático.


Seu futebol busca:


Domínio pela bola e não pela força,


Elegância e racionalidade nas decisões,


Equipes disciplinadas, coesas e inteligentes,


Desenvolvimento técnico e mental dos jogadores.


Seus times espelham sua personalidade: calmos, elegantes, com classe e consciência tática — muitas vezes preferindo vencer com controle e harmonia a vencer pelo caos ou intensidade pura.




Diego Alonso, foi jogador antes de se tornar treinador. Como técnico, acumula passagens por clubes na América do Sul, Paraguai, Seleção Uruguaia na Copa do Mundo de 2022, México, Estados Unidos (Inter Miami).


Ele obteve sucesso em vários clubes mexicanos, por exemplo com o C.F. Pachuca e o C.F. Monterrey, conquistando títulos continentais.


Filosofia e Estilo de Jogo


O estilo de Alonso combina ousadia ofensiva com estrutura defensiva, num futebol que procura propor e não apenas reagir. Algumas das suas características principais:


“Entendo o futebol como um jogo em que temos de criar chances o tempo todo para ganhar.” — Alonso. 


Uso frequente da formação tática  4-2-3-1, pelo menos em parte de sua carreira, com ênfase em posse e construção ofensiva. 


Boa dose de pressão ofensiva e vontade de dominar o adversário, com equilíbrio entre atacar e defender de forma organizada. 


Desenvolvimento de jovens talentos: ele ajudou, por exemplo, a consolidar jogadores promissores nos clubes por onde passou. 


Estrutura Tática e Fases do Jogo


Construção e ataque


A partir de clubes como Pachuca, Alonso buscou uma saída de bola apoiada, com médios criativos e jogadores ofensivos preparados para explorar o espaço. 


As equipas normalmente procuram dominar territorialmente, ter a iniciativa do jogo, mas não a qualquer custo — há adaptação ao adversário. 


Defesa e transições


Embora ofensivo no espírito, Alonso exige organização sem bola: compactação, cobertura e atenção às transições adversárias. 


Em muitos momentos, as equipas de Alonso partem da defesa para o ataque com transições rápidas ou usando superioridade numérica em determinadas zonas.


Gestão de Grupo e Perfil como Treinador


Alonso é descrito como um treinador intenso, dedicado e articulado, com forte presença e exigente com os jogadores. 


Ele valoriza o espírito de superação (algo ligado à sua origem uruguaia) e quer equipes que não se limitem, mas que proponham jogos. 


Resultados e Alguns Destaques


Com o Pachuca, conquistou o título da Liga MX Clausura (2016) e a CONCACAF Champions League 2016-17. 


Com o Monterrey, tornou-se o primeiro técnico a ganhar a CONCACAF Champions League com dois clubes diferentes. 


O seu início no Inter Miami CF foi marcado pela ambição de construir uma equipe competitiva desde o primeiro dia. 


Diego Alonso é um treinador que combina o desejo de jogar para ganhar e de oferecer futebol ofensivo, com uma base tática sólida e foco no coletivo. Ele quer que as suas equipas sejam protagonistas, criem oportunidades, mas também saibam defender-se bem e lidar com adversários que pressionam ou retraem.


Diego Alonso assumiu o Monterrey (também conhecido como “Rayados”) em 2018, sucedendo Antonio Mohamed, com a missão de dar continuidade e melhorar o desempenho da equipa num clube com altas expectativas. 


Ele rapidamente enfatizou que o time precisava ser mais solido defensivamente e, ao mesmo tempo, manter ou elevar a capacidade ofensiva. 



Estilo de Jogo e Filosofia


Alguns dos traços mais relevantes do trabalho de Alonso no Monterrey:


Formações e adaptação: Enquanto seu esquema base costumava ser o 4-2-3-1 ou 4-3-3 em casa, em situações de visitantes ou adversários mais fortes o time alterava para 4-4-2 ou até 5-3-2 para maior equilíbrio defensivo. 


Dominar e impor condição: Alonso falava em “buscar dominar o jogo pela nossa postura” (“buscaremos dominar el juego a nuestra postura”). 


Ele queria um time que fosse protagonista, que jogasse com bola, mas sabendo quando acelerar e ser vertical. 


Verticalidade + posse + transição: Um elemento-chave era a combinação entre controle da posse e verticalidade. Por exemplo, ele dizia que o time evoluiu: “Desde a verticalidade, para assumir o controle de jogo, não pode perder este fator”. 


Ou seja: manter ataque direto/rápido, mas também construir e gerar mais jogo.


Pressão e solidez defensiva: O time buscava pressionar o adversário de forma coordenada, especialmente em momentos chave (“pressão alta e verticalidade” foram termos usados por Alonso). 


 Também havia preocupação constante com a solidez: “Temos que manter a solidez, é algo que estamos buscando”. 


Mentalidade, disciplina e identidade: Alonso dava muita ênfase à mentalidade de vencer, ao compromisso, à humildade e à autocrítica. 


Funções Táticas e Comportamentos das Fases de Jogo


Construção desde trás: Apesar do foco em verticalidade, Alonso pedia que os jogadores se movimentassem para oferecer linhas de passe — por exemplo, o lateral ou zagueiro que progride, ou o médio que abre para criar superioridade. 


Ataque posicional + contra-ataque: Em partidas controladas, o time montava uma boa base com meios relativamente estáticos, mas ao recuperar a bola ou ver brechas, acelerava a transição. Nas palavras de Alonso: “Quando chegamos ao Pachuca… focamos em transições para que sejam muito mais velozes, e fazer a diferença em jogos de ida e volta”. 


Defesa/sem bola: Em função do adversário, o Monterrey ajustava o bloco, podia cair num sistema mais recuado ou com linha média, recrutando jogadores para cobertura rápida. Em visitas ou jogos mais difíceis, inverteram para maior cautela. 


Exemplos e Momentos-Chave


Final da CONCACAF Champions League Final contra Tigres UANL (2019): Alonso declarou que o time procuraria “impor condições… pressão alta e verticalidade” e “fechar os espaços” no adversário. 


Esse jogo espelhou bem sua abordagem: controle, agressão no momento certo, e atenção defensiva.


Clausura 2019: O time liderou invicto nas primeiras rodadas e era também o mais goleador — Alonso comentou que “temos que continuar sendo um time contundente e que gera muito futebol” e que “não nos motiva que o rival nos persiga; a motivação é vestir essa camisa”. 


Pontos Fortes, Limitações e Aprendizado


Pontos fortes:


Capacidade de manter o Monterrey como um time competitivo constante em finais e semifinais. 



Mistura competente entre posse/controlado e verticalidade/agressivo.


Forte ênfase na mentalidade e identidade do time.


Limitações:


Em alguns momentos críticos, o time sofreu lapsos defensivos ou caiu em armadilhas de adversários que forçavam o jogo sobre eles. 


A necessidade de adaptação aos esquemas variantes pode levar a inconsistências — o número de sistemas diferentes testados no Apertura 2018 foi citado. 



Sob Diego Alonso no Monterrey, viveu-se um período de futebol ambicioso, que não apenas buscava resultados, mas também um estilo: um time que quer impor seu jogo, com verticalidade, pressão e rigor defensivo. Ao mesmo tempo, reconhecia a importância de adaptar-se ao adversário, de ser inteligente na construção e nas transições. O equilíbrio entre “posse inteligente” e “ataque rápido” foi uma marca deste ciclo no clube mexicano.


Se quiser, posso buscar dados estatísticos detalhados (posse média, chutes por jogo, gols por transição) desse período de Alonso no Monterrey para uma análise mais numérica.




Thiago Motta como jogador foi um volante de alto nível, jogando em clubes como Paris Saint‑Germain, Inter de Milão e FC Barcelona onde foi campeão de campeonatos locais e da Champions League (Pelo clube nerazzurri de Milão, e pelo Barça), antes de iniciar a carreira de técnico. Ele começou treinando as categorias de base do PSG em 2018, seguiu para o Genoa CFC (em 2019), depois para o Spezia Calcio (2021-22) e mais recentemente pelo Bologna FC, alcançando destaque com um futebol que chamou atenção pela clareza de ideias.


Filosofia de Jogo


Thiago Motta se caracteriza por uma filosofia que mistura controle posicional da posse de bola com agressividade em pressão e mobilidade ofensiva. Aqui estão os principais elementos:


Foco na posse e construção desde trás: Suas equipes buscam sair jogando, com participação ativa do goleiro e zagueiros no início da construção. 


Pressão alta e mobilidade: Motta enfatiza que “o atacante é o primeiro defensor” e que o goleiro “é o primeiro atacante”. A ideia é que todo o time participe ofensiva e defensivamente. 


Formações versáteis e dinâmica posicional: Embora utilize bases como 4-2-3-1 ou 4-3-3, Motta adapta os movimentos para que jogadores troquem de posição, criem suportes e busquem superioridade próxima. 


Equilíbrio entre ofensiva e defensiva: Mesmo com ambição ofensiva, suas equipes não abandonam a organização sem bola — blocos compactos, ocupação de espaços e recomposição rápida estão presentes. 


Estrutura Tática e Comportamentos


Construção/posse:


O goleiro participa ativamente para quebrar marcações altas adversárias. 


Zagueiros podem inverter ou recuar para permitir a progressão dos médios ou laterais. 


Os médios têm liberdade para se deslocarem, abrirem linha de passe ou apare­cerem entre as linhas adversárias. 


Ataque:


Os movimentos ofensivos são pautados na mobilidade: alas que podem entrar, meias que flutuam, extremos que trocam de corredor. 


A ideia é que o jogador com bola tenha sempre “três ou quatro soluções e dois companheiros por perto”. 


Defesa/transições:


Pressão estruturada: não pressão constante sem critério, mas quando há oportunidade. 


Blocos que podem recuar ou manter linha média dependendo do adversário, mantendo organização. 



Principais Passagens e Resultados


Genoa (2019): Primeiro trabalho no time principal, curto. Mostrou algumas ideias iniciais de posse e verticalidade, porém equipe tinha limitações. 


Spezia (2021-22): Trabalho mais consolidado. Manteve a equipe na Série A, com desenvolvimento de ideias táticas para o clube. 


Bologna (2022-24): Relevante evolução: com orçamento modesto, sua equipe ficou entre as mais passadoras da Serie A, média de posse elevada. 



Aposta em jovens talentos e construções inteligentes. 


Pontos Fortes e Desafios


Pontos Fortes:


Clareza tática e identidade de jogo bem definida.


Capacidade de extrair rendimento de equipes com menos recursos.


Desenvolvimento de jogadores jovens e mobilidade tática.


Desafios:


Algumas ideias exigem tempo de adaptação e elenco moldado ao sistema.


Com times de maior peso ou expectativa superior, a pressão por resultados imediatos pode encurtar processos.


O equilíbrio entre ambição ofensiva e eficácia defensiva ainda apresenta áreas para refinamento.



Thiago Motta representa uma nova geração de treinadores que combinam conceitos de futebol posicional, construção controlada e agressividade ofensiva. Suas equipes buscam domínio com bola, movimento constante, participação ativa do goleiro e dos médios, e uma transição fluida entre defesa e ataque. Se continuar sua trajetória ascendente, tende a se tornar um dos nomes de referência no futebol europeu.


O Bologna sob Motta teve média de posse de bola de cerca de 58% na temporada 2023-24. 


Foram feitas mais de 10.175 passes na temporada 2023-24, o maior número na Serie A naquele ciclo. 


A equipe completou aproximadamente 91,4% dos passes curtos, sendo esse valor um dos mais altos da liga. 


Realizou cerca de 3.070 passes progressivos na temporada 2023-24 (ou seja, passes que levam à progressão ofensiva). 


Em construção ofensiva, o Bologna teve aproximadamente 280 sequências de jogo com 10 ou mais passes em jogo aberto — sendo uma das melhores marcas da liga. 


Em termos de precisão no terço ofensivo, a equipe registrou cerca de 80,2% de acerto de passes no terço ofensivo na temporada 2023-24. 


O que esses números revelam?


A média de posse elevada (~58%) confirma que Motta privilegia que sua equipe tenha o controle da bola, jogando para dominar territorialmente.


O alto volume de passes e a elevada taxa de passes curtos indicam que o estilo é baseado em circulação fluida, paciência construtiva, ao invés de jogo direto e vertical excessivo.


As muitas sequências de 10+ passes mostram que o time busca envolver o adversário, criar superioridades e trabalhar bem o meio-campo antes de finalizar.


Os passes progressivos e a alta precisão no terço ofensivo revelam que embora a posse seja elevada, há intenção de avançar com qualidade — não é mero “tocar por tocar”.




Vítor Bruno tem um percurso mais longo como interino do que como treinador principal. Porém não deixa jogadores se criarem com ele, nem tampouco ter as tais ¨panelinhas¨.



Começou como treinador interino em Angola e Portugal, e mais tarde integrou a equipa técnica de Sérgio Conceição no FC Porto por várias temporadas. 


Em junho de 2024 foi anunciado como treinador principal do FC Porto com contrato até 2026. Foi demitido após meses no cargo, mas venceu a Supercopa de Portugal com o FC Porto.


Estilo de jogo e filosofia


Embora o tempo à frente da equipa principal tenha sido breve, algumas declarações e relatórios permitem identificar traços do estilo que Vítor Bruno pretende implementar:


Filosofia e valores


“É um jogo para ganhar ou ganhar” — uma expressão usada por Vítor Bruno ao assumir a postura competitiva que espera. 


“O nível de exigência tem de ser altíssimo e também se educa” — referindo-se à mentalidade que quer no FC Porto. 


Valorizou o “espírito FC Porto” e os valores do clube, conforme sublinhou após a conquista da Supertaça. 


Sistema tático / comportamentos


Embora não haja ainda muitos dados públicos extensos sobre esquemas específicos (dada a curta duração), é possível inferir alguns comportamentos táticos principais:


Início pressionante e entrada forte: Por exemplo, na antevisão de jogos, o técnico falou em “entrar muito fortes, autoritários e mandões”. 


Controle de jogo e procura por ligações e vantagens: Ele referiu que, em vitória sobre o Moreirense FC, na primeira parte a equipa não encontrou sempre “as ligações certas e identificar as vantagens”. Depois, no segundo tempo “controlou todos os momentos do jogo”. 


Adaptação defensiva e correções ao intervalo: Após empate 3-3 com o Manchester United, Bruno afirmou que foi preciso “mudar a forma de defender” ao intervalo para controlar os corredores laterais. 



Ambição ofensiva e equilíbrio emocional: Mesmo sob adversidade, valorizou a coragem dos jogadores e o facto de a equipa “nunca se desuniu”. 


Padrões de jogo destacados


Forte ênfase em mentalidade competitiva, com foco em entrar com iniciativa e domínio.


Busca por priorizar vantagens concretas, ligações entre jogadores e identificação de espaços ofensivos.


Capacidade de ajustes tácticos, especialmente defensivos, para enfrentar adversários ou corrigir fases menos boas.


Valorização da coletividade, disciplina e espírito do clube acima de soluções individuais apenas.


Resultados e contexto específico no FC Porto


Logo na estreia oficial, conquistou a Supertaça Cândido de Oliveira 2024 com o FC Porto após vitória dramática por 4-3 contra o Sporting CP. 


Apesar do bom início, a continuidade não foi satisfatória e a equipa teve uma sequência de resultados negativos, o que levou à sua demissão. 


Apesar da curta passagem, o treinador deixou clara a intenção de consolidar uma novo ciclo no clube, implementando ideias próprias e suportadas pelos valores do FC Porto. 


Vítor Bruno é um treinador que aposta por um futebol organizado, com forte mentalidade de vitória, aliando disciplina e identidade de clube. Seu estilo passa por:


A iniciativa ofensiva – entrar para dominar e ganhar, não apenas reagir.


A busca de vantagem e ligações ofensivas – identificar meios para progredir e aproveitar espaços.


A capacidade de ajuste táctico – corrigir defensivamente e adaptar-se ao adversário.


A valorização dos valores de clube – espírito competitivo, entrega, unidade.


Dado o tempo limitado no cargo, ainda não se pode avaliar plenamente a profundidade do estilo de jogo que poderia implementar, mas essas características já se fizeram notar.


Se quiser, posso tentar levantar dados estatísticos (posse de bola, passes, finalizações) da equipa sob Vítor Bruno durante os meses que esteve no FC Porto, para ver como os números refletem esse estilo.


O Botafogo precisa se reorganizar, começando tendo um bom técnico mais uma comissão técnica que faça um bom trabalho é prioridade para que o clube possa jogar a Libertadores em 2026, e tenha uma temporada no ano que vem, mais digna. 

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