Em ação na 2ª Vara Empresarial do Rio, a Eagle Football Holdings acusa John Textor de tentar tomar o controle total da SAF do Botafogo utilizando dívidas e uso do próprio patrimônio do clube como garantias, segundo o que consta nos documentos revelados, e que saíram de segredo de justiça, nesta segunda-feira (4/8).
A Eagle Football Holdings diz que John Textor conseguiu, em reunião no Conselho de Administração da SAF em julho de 2025, aprovar um plano que prevê a criação de novas ações da SAF que seriam entregues a uma nova empresa de John Textor nas Ilhas Cayman.
Além disso, segundo a holding, Textor usaria uma dívida que essa empresa teria a receber do Botafogo. Com essas medidas, a participação da Eagle na SAF – que hoje é de 90% seria reduzida, deixando o empresário norte-americano com o controle total.
“O Botafogo dará um presente de € 50 milhões (R$318,1 Milhões de Reais) para o Sr. Textor e, em seguida, tomará um empréstimo conversível, de € 100 milhões (R$636,2 Milhões de Reais), para permitir a tomada de controle do Botafogo pelo Sr. Textor”, diz a petição da Eagle. A holding acrescenta que atos “em paraísos fiscais” têm potencial de “dilapidação patrimonial dos ativos” do clube.
Na referida reunião do Conselho, também foi deliberado um aumento de capital de até R$ 640 milhões (cerca de € 110 milhões), que poderia ser aprovado diretamente pelo colegiado sem necessidade de aval da Eagle. Para a holding, John Textor agiu como devedor, credor e gestor de forma simultânea. Sem passar pelo crivo da Eagle Football Holdings e do advogado encarregado, o escocês Christopher Mallon. Além do processo da Eagle Fotball Holdings Limited, John Textor também enfrenta o processo da Iconic Sports de James Dinan, Alexander Knaster e Edward Eisler.