SAF do Botafogo é transferida para nova holding Eagle Football Group em paraíso fiscal nas Ilhas Cayman com garantias de tudo o que o clube comercializar, além de contratos já firmados; Membros da Eagle Holdings Limited contestam


John Textor na final da Recopa Sul-Americana no Estádio Nilton Santos - Foto: MAURO PIMENTEL/AFP via Getty Images




John Textor oficializou a transferência de ativos do Botafogo, como SAF, para a sua nova empresa nas Ilhas Cayman, paraíso fiscal no Caribe nesta terça-feira (5/8). A decisão foi respaldada em reunião do Conselho Administrativo da SAF no dia 17 de julho de 2025.


Este conselho é formado por: John Textor, Jordan Eliott Fiksenbaum (indicação da Eagle), Kevin Weston e Durcesio Mello.


A Eagle Football Holdings contesta na Justiça a transferência, que envolve direitos de transmissão, patrocínios e bilheteria, entre outros ativos. A nova empresa de Textor terá de pagar até € 100 milhões (R$ 638 milhões) ao Botafogo para “comprar” uma dívida de € 150 milhões da Eagle, além de emprestar € 100 milhões ao clube.


As garantias do Botafogo, segundo o que consta nos documentos, são:


– Licenciamento dos direitos de transmissão assinados com a Liga Forte União do Campeonato Brasileiro de 2025 a 2029;

– Licença de propriedades comerciais de patrocínio;

– Contrato de licenciamento de transmissão de evento esportivo;

– Contrato de licenciamento de transmissão;

– Contrato a ser celebrado entre o Botafogo, a Google LLC e a Sports Media Participações S.A;

– Instrumentos celebrados pelo Condomínio Forte União e/ou os instrumentos celebrados pela Liga Forte – União do Futebol Brasileiro, todos conforme definidos no Contrato de Garantia e/ou no Contrato de Mútuo Conversível;

– Receitas decorrentes das cessões dos direitos econômicos dos atletas profissionais e da base do futebol masculino atualmente registrados” no Botafogo;

– Quaisquer contratos relacionados aos patrocínios comerciais do time de futebol profissional masculino;

– Receitas das bilheterias e venda de ingressos dos jogos do time profissional masculino;

– Receitas do programa de sócio torcedor;

– Receitas da propriedade intelectual licenciada pelo Botafogo à SAF.


John Textor é apontado pelos outros sócios como um risco para os negócios. As partes vivem guerra desde o mês de abril de 2025, quando problemas na gestão do Lyon, da França, foram divulgados e criticados em grande escala.

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