Primeiramente um ¨professor¨ da mediocridade! Após dizer no início da semana que não acreditava em vitória ou empate do Botafogo contra o PSG, pelo Super Mundial de Clubes, o comentarista Paulo Calçade analisou o triunfo alvinegro por 1 a 0, nesta quinta-feira, no programa “Linha de Passe”, da ESPN. O profissional crê que o Alvinegro “aceitou sua inferioridade” e montou uma estratégia diferente.
Assista abaixo:
A noite foi terrível para Paulo Calçade que cravou que o Botafogo não venceria de nenhuma maneira do PSG, que era só calcular o tamanho da derrota. Ficou com cara de bundão e foi zoado até pelo Vitor Birner. Restou Calçade falar em ¨inferioridade¨.
— Gazeta Botafogo ⭐📰 (@agazetabotafogo) June 20, 2025
🎥ESPN BR | LINHA DE PASSE https://t.co/s7Jca68BPA pic.twitter.com/uqCJB7s6xQ
– Ganhou, eu não acreditava. Tanto que aí o povo começa a pegar no pé e está tudo certo. Ganhou, aceitou a sua inferioridade, o que é fundamental. Se não tivesse feito isso, não ganharia. Vou dar dois nomes para você que você quase não viu hoje. O Artur e o Savarino. Por quê? Porque eles jogaram sem a bola. O Botafogo não teve a bola. Aos 15 minutos, a posse de bola 80% a 20%. Então, assim, a bola foi toda do PSG. E o Botafogo sabia disso. O Botafogo se preparou para um jogo especial em que ele, eu não gosto muito de algumas frases feitas no futebol, mas ela é verdadeira, jogou por uma bola. Que era uma chance. Renato Paiva, ao aceitar a sua inferioridade, foi perfeito, correto e criou um sistema com três volantes que, cara, é muito difícil fazer o que eles fizeram. Pelo seguinte, se você pegar aqui, o meio-de-campo do Botafogo tinha as idades 30, 31 e 34, o do PSG, 19 e 19, 25. A rotação é muito mais alta. Então, você vê um Botafogo no final com uma dificuldade grande, porque acabou o gás – argumentou Calçade.
– Essa dificuldade que o Botafogo impôs, isso é óbvio, mais um jogo ruim do PSG, é uma linha muito tênue. Qual é a responsabilidade do Botafogo em tornar o jogo do PSG ruim e o quanto o jogo do PSG ruim contribuiu pro resultado?. O jogo foi ruim. Por quê? Porque o PSG, em determinado momento, simplesmente abandonou suas características e começou a jogar a bola na área, despejar a bola na área. É um time que não faz isso. Quantos chutes o PSG teve de finalização na área? Não teve. Por quê? O que fez o Botafogo? Manteve sua linha de laterais… Hoje você joga aqui, você não sai. Não sai Vitinho, não sai Alex Telles. Linha de quatro formada, três volantes, os caras de beirada aqui no meio de campo e o Igor Jesus na correria. Está errado? Não, está certíssimo. Era a única forma de jogar. E ele fez – afirmou o comentarista.
Para Calçade, o PSG mudou demais suas características no duelo com o Botafogo.
– Contra a Inter de Milão, final da Champions, nove cruzamentos. Contra o Atlético de Madrid, dez. Contra o Arsenal, no jogo anterior, seis. Ele ganhou todos esses jogos. O jogo de hoje, 31 cruzamentos. O PSG cruzou mais hoje do que nesses três jogos que ele venceu. Contra times gigantes. A rotação do PSG, a energia, porque o jogo que ele pratica, para não ficar conceituando, é um jogo que ele balança muito o adversário. Ele tira o adversário, ele traz o adversário, ele inverte. Estava começando a dar certo, hein? Quando o Hakimi, lateral, começa a inverter bora no começo para o Kvaratskhelia. Mas ele começa a inverter e o cara domina a bola. Para ir para cima do lateral. Então, isso foi corrigido. Aí o Botafogo fez um jogo, para mim, excepcional e o PSG eu esperava muito mais, por isso apostava em uma vitória do PSG – frisou.