Em coletiva Renato Paiva reconhece problemas defensivos em vitória do Botafogo contra o Seattle Sounders e projeta PSG: "Vamos ter que ser muito melhores"


Renato Paiva na área técnica do Estádio Lumen Field - Foto Reprodução: Vítor Silva/Botafogo



O Botafogo estreou com vitória na Copa do Mundo de Clubes 2025 neste domingo, por 2 a 1, sobre o Seattle Sounders, com gols de Jair e Igor Jesus. Os três pontos no grupo B, entretanto, não apagam o que foi um jogo de duas etapas distintas no Lumen Field - ao menos na visão do técnico Renato Paiva. O português apontou queda física do Alvinegro na segunda etapa.


Assista abaixo:



— O Ceará chegou duas vezes e fez dois gols (no último jogo do Botafogo no Brasileiro), não nos empurrou para trás como o Seattle. De fato o jogo tem duas caras. Na primeira parte, nem entramos muito bem, perdendo bolas fáceis, erros técnicos. Não entramos muito bem, mas ao longo do primeiro tempo fomos tomando conta do jogo. O primeiro gol foi nos tranquilizando, e tivemos ainda duas oportunidades, uma do Igor e outra do Telles, em que poderíamos ter feito mais gols, e o Seattle praticamente não tem grandes oportunidades de gol.


— No segundo tempo, caímos muito em questões físicas, na minha opinião. Não conseguimos lidar com a agressividade e a intensidade que nosso adversário colocou no jogo. As substituições não funcionaram tão bem, em especial, por exemplo, o Correa, que vem de uma paragem e nós queremos lhe dar estes minutos em competição. De fato, em questões defensivas, nós sentimos que estávamos atacando com muitos e depois não estávamos defendendo com os mesmos (confira a continuação da resposta ao fim da matéria).


Questionado sobre correções necessárias antes do jogo contra o Paris Saint-Germain, na quinta-feira, Paiva apontou a necessidade de abordar os "pecados" cometidos contra o Seattle Sounders.


— As correções vão ter que ser feitas em cima de vídeo, porque são três dias e nós temos que fazer essas correções dentro do momento de recuperação da maior parte dos jogadores. Olhar de fato para esses pecados desta exibição, que não podem acontecer com um adversário como o PSG, como é óbvio (...) O não ter bola também nos levou para este tipo de situação. De fato corrigir essa questão, nós tivemos muita atenção ao ver o jogo hoje do PSG, é uma grande equipe, um coletivo muito forte, tem muita forma de jogar e de atacar. É uma equipe agressiva defensivamente, mas também tem os seus momentos e que também deixa alguns momentos para o adversário atacar e poder ter bola.


Com a vitória por 2 a 1, o Botafogo é o segundo colocado no grupo B da Copa do Mundo de Clubes. O Paris Saint-Germain tem os mesmos três pontos que o Alvinegro, mas leva vantagem no saldo de gols - neste domingo, os franceses estrearam com goleada por 4 a 0 sobre o Atlético de Madrid.


Paiva afirmou que o Botafogo vai precisar jogar como em seus melhores momentos contra o PSG.


- Nestas competições não é fácil porque tem este envolvimento de nervosismo, esta questão das equipes sentirem o peso neste tipo de competição do primeiro jogo, e de fato fica muito melhor o resultado do que a exibição. Quando nós não jogamos bem, é bom ganhar, e isso nós conseguimos dar-nos essa vantagem, mas de fato temos agora trabalho para corrigir. Mas esta equipe já conseguiu fazer melhor, já conseguiu ser mais compacta e mais inteira a atacar e a defender, durante muito tempo, não é uma equipe que sofre muitos gols. Não tem sido uma equipe ao longo deste momento temporário até agora que tenha sofrido muitos gols. Portanto, vamos trabalhar em cima disso, à espera do adversário muito difícil, onde vamos ter que ser muito melhores, muito mais competentes e fazer praticamente uma noite perfeita para defrontar o Paris Saint-Germain.


Outros tópicos da coletiva de Renato Paiva:

Análise da partida:

— Puxar o Igor para fora para defender aquele corredor sem deixar de ser agressivo na frente, porque eu sentia que o adversário estava atacando com mais gente, mas deixando espaços com o contra-ataque, e eu não queria perder contundência na frente. Então aproveitar a qualidade que o Igor tem defensivamente para jogar ali um bocadinho, jogar como segundo avançado por fora, mas de fato o Savarino também com algumas dificuldades, ainda pagando a fatura de uma viagem muito longa, da questão da seleção. De fato, acho que na segunda parte nós defendemos com menos jogadores. 


— O Seattle empurrou-nos para trás e foi gerando oportunidades, foi gerando finalizações, e mesmo assim nós temos ainda duas bolas na segunda parte, uma do Arthur e uma do Corrêa que poderíamos até fazer mais gols. Mas na segunda parte (...) não tivemos bola, não conseguimos ter bola. O Seattle ia nos empurrando para trás e de fato acabou por fazer um gol, até com alguma sorte o gol em si, mas não deixa de ser merecido pelo que o Seattle fez na segunda parte.


— É um bocadinho isso, essas lições que nós temos que perceber, temos que entender. e a equipe tem obviamente que manter, em especial neste tipo de competições, manter o ritmo muito alto o maior número de tempo, e hoje não conseguimos fazê-lo.

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