Gerson Canhotinha de Ouro recorda chegada e tri mundial no Botafogo e conta pra quais time torce


Jogador histórico do futebol brasileiro, Gerson é ídolo no Botafogo. O Canhotinha de Ouro contou ao canal Samba Que é Gol, do botafoguense Leo Russo, como foi a chegada ao clube, que teve uma história curiosa.


– Eu não queria sair do Fla, eu fui mandado embora. É diferente. Tive entrevero com o presidente, por causa de problemas dentro de campo, que não vale a pena dizer aqui porque as pessoas que participaram já faleceram. Quando cheguei para conversar com o presidente, falou que eu estava fora do Flamengo e podia arrumar um clube. Meu passe era 150 sei lá o que, o dinheiro da época. Saí dali, fui pegar a lotação Gávea-Praça XV, aparece Quarentinha, que estava consertando o carro. Eu falei que estava fora, ele falou “vamos lá no Botafogo, peraí, deixa eu consertar o carro”. Fui com ele, chamou o diretor, conversou, o cara me perguntou se eu tinha certeza, falou para eu ir para casa e esperar uma ligação minha. Ligou às 11h da noite falando que depositou dinheiro o na Federação, que era para no dia seguinte eu ir ao Botafogo treinar. Treinei, o Flamengo teve que aceitar. Era parte do dinheiro da venda do Amarildo para a Itália – revelou.


No Botafogo, Gerson ganhou tudo. Campeonato Carioca, Torneio Rio-São Paulo, Campeonato Brasileiro (então Taça Brasil) e dois dos três títulos do Torneio de Caracas, considerados mundiais pelo clube e pela imprensa à época.


– Mundiais, claro. E a Fifa também considera, era esse torneio na Venezuela, com Real Madrid, Barcelona, são títulos com todo mérito. Ganhamos do Benfica, do Real Madrid, do Barcelona. É tricampeão mundial sim – garantiu Gerson.


O volante também contou como foi a saída do Botafogo.


– Por onde passei, ou fui o segundo artilheiro ou o terceiro do time. Mesmo no meio-campo. Depois saí do Botafogo, também sem querer sair, estava negociado um ano antes com o São Paulo, é o que dizem. Estávamos no México, em um torneio que ganhamos. Teve um almoço com os donos do Estádio Azteca, televisões e América do México. Perguntou se eu queria jogar lá, eu disse que sim. Perguntaram para um diretor quanto custava o passe do Gerson, ele disse “não está à venda, não tem preço”. Ligaram para o presidente, o cara meteu a mão no cheque, mas o presidente desconversou. Acabou que me venderam para o São Paulo pouco depois – lembrou.


Com passagens marcantes por Botafogo, Fluminense e São Paulo, Gerson deu uma declaração curiosa sobre qual seu time do coração.


– Sou tricolor em todo o Brasil. E sou botafoguense no Rio. Não tem muita explicação isso não, mas é melhor deixar assim – completou.


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