John Textor no Seleção Sportv abre o jogo: Fala sobre desistência de Cavani, de arbitragem do Futebol Brasileiro, além das possíveis chegadas de James Rodríguez e Eran Zahavi; Além de buscar melhorar o Botafogo e fazer a Libra ser uma Liga Forte e com alcance mundial (VÍDEO)

John Charles Textor, Acionista Majoritário da SAF do Botafogo, foi em seu primeiro programa de Televisão do Brasil, o Seleção Sportv na tarde desta quinta-feira 23/06. 


O acionista alvinegro lembrou a emoção com a vitória por 3 a 1 sobre o Fortaleza, no Estádio Nilton Santos, a qual comemorou no campo, e revelou seu sentimento em relação ao clube.


– É diferente por si só. Eu me enganei, não sabia que estava sendo filmado, pensei que era rádio, meu irmão estava brincando comigo semanas depois. Tudo se desvendou no estádio, as emoções, quando fui falar oi para a torcida. O jogo tinha acabado, me estenderam a bandeira, eu não sabia o que estava fazendo. Vejo essa molecada toda, torcedores, fãs, anos de mau resultado, nos jogamos para dentro do esporte, pode ser um alívio para frustrações que temos na vida. Sinto uma responsabilidade por esse clube que não sinto pelo Crystal Palace. Eles têm um presidente muito capaz, me contou sobre o medo de ser rebaixado, não percebi isso bem, até ver minha responsabilidade no Botafogo. Vim em época de transformação no Brasil, nova liga, capital estrangeiro, isso aqui está comigo, não posso fazer besteira. Adoro Crystal Palace e Premier League, mas não sinto isso, levo os meus filhos, amo, mas não tenho a responsabilidade que tenho no Botafogo quando estou no Crystal Palace e no Lyon – revelou.


O empresário contou ainda como foi a chegada ao Botafogo e por que aceitou o desafio


– Acho que as pessoas no Brasil, no governo, deveriam se abrir para o mundo. Essas dívidas parecem muito grandes na escala do futebol brasileiro, são intimidadoras, fazem pressão, mas abrindo ao mundo e comparando as dívidas às oportunidades globais, (os clubes) podem ser respeitados no mundo tudo. É minha oportunidade de entrar em algo muito top de maneira acessível – explicou.


Textor revela ‘coração partido’ com invasão de torcedores em CT do Botafogo: ‘Está afetando conversas com jogadores da Europa. Podem não vir por causa daquele dia’


A invasão de integrantes da torcida organizada Fúria Jovem ao CT Lonier na última semana ainda traz consequências ao Botafogo. Em participação no programa “Seleção SporTV” desta quinta-feira (23/6), o empresário norte-americano John Textor revelou que o episódio está atrapalhando a conversa por reforços para o Glorioso na janela de transferências do segundo semestre de 2022.



– Não há praticamente nenhum modo de se evitar ou suprimir emoção da torcida quando ela quer passar por cima da segurança. Em jogo do Crystal Palace com Everton, em que conseguiram ganhar e ficar na Premier League, tinha muita segurança. É a força da torcida. Podemos aumentar a segurança, fiquei com coração partido. Tentávamos recrutar jogadores, um muito importante talvez tenhamos perdido. As pessoas que peitam na câmera são as mesmas que me pedem jogador. O que mais falavam pode não vir por causa daquele dia. Quando você vaia, berra vergonha, tem direito, mas você é torcedor. Ficamos chateados, revoltados. Mas pergunto se está fazendo o time ganhar assim, se faz o time jogar mais. Quando está perdendo por 1 a 0 é razão para vaiar ou invadir? Em casa eu berro com a televisão, eu posso. Mas no estádio peço que apoiem, sejam coparticipantes. Segure sua vaia, seu grito de vergonha. Seria meu pedido gentilmente aos fãs. Estamos onde estamos, juntamos nossa equipe rapidamente, viemos da segunda divisão, quero que que os jogadores usem o escudo e se matem pelo nosso time, com os torcedores dando valor. Entendi que a invasão tem que parar, a segurança não consegue, mas tem que parar – destacou Textor.



Perguntado se Zahavi é um desses casos, o acionista da SAF do Botafogo se esquivou.


– Eu hesito em falar da pessoa, mas as pessoas sabem de quem estou falando. Um grande jogador, veterano, traz mulher, filhos, família. Ele não está obrigado a vir. É público que gosta do nosso projeto, do momento, do Brasil, tem interesse, mas já foi divulgado que houve questões de segurança em outros clubes. Não quero focar no Zahavi, mas está afetando toda conversa com jogadores na Europa. Foi mais transmitido na Europa que aqui. É uma péssima reflexão – completou.


Botafogo descarta contratação de Cavani, diz Textor: ‘Não está mais no nosso radar’


Cavani já foi sonho do Botafogo para temporada 2022, mas não faz mais parte dos planos. Também nesta entrevista ao “Seleção SporTV”, o investidor John Textor falou sobre o interesse do Glorioso no centroavante uruguaio.


– Não, não está mais no nosso radar. Ainda gosto muito dele, fiquei muito feliz em ver o Crystal Palace ganhar da equipe dele. Naquele dia não fui fã dele, sou fã dele ainda, mas ele não vem. Não estamos conversando – garantiu Textor.


Edinson Cavani está de saída do Manchester United e ainda não tem futuro definido. Aos 35 anos de idade, ele pretende continuar no futebol europeu.


John Textor se reúne com chefe de arbitragem na CBF, elogia decisão de afastar juiz e VAR de Inter x Botafogo e defende profissionalização


John Textor antes do Seleção Sportv, visitou a sede da CBF e teve uma reunião com Wilson Luiz Seneme, presidente da Comissão de Arbitragem da entidade.


O empresário disse que ficou satisfeito com a decisão pelo afastamento por tempo indeterminado do árbitro Savio Pereira Sampaio e do VAR Rafael Traci, que prejudicaram fortemente o Botafogo na vitória alvinegra sobre o Inter na rodada passada.


– Não é verdade… (que foi lá falar sobre os árbitros) Fui lá pela comida… A comida, a lanchonete da CBF… Recomendo que todos visitem lá (risos). Tive uma grande reunião com o chefe de arbitragem. Teve uma situação específica no jogo passado, essa questão já terminou, teve a responsabilização adequada, vira um bom exercício profissional para aquela pessoa. Ficamos satisfeitos com a decisão da CBF antes de aparecermos lá – afirmou Textor no programa do SporTV.


Defensor de uma liga de clubes no Brasil, Textor defendeu a profissionalização dos árbitros. O dirigente fez um duro desabafo no último domingo após o jogo realizado em Porto Alegre, mas procurou o diálogo.


– A reunião teve a ver com dar o próximo passo. Se estamos tentando criar uma nova liga, se pudermos pegar as lições e levá-las adiante… Acho que os juízes têm de ser pagos em tempo integral. O juiz pode olhar para a posição dos jogadores, podem ser vistas pela primeira vez certas situações por causa da variabilidade do futebol. No Brasil não acontece isso, porque os juízes têm outro emprego. Deveriam ser bem pagos em tempo integral, ver os VTs e melhorar entre os jogos. Tivemos uma boa conversa. Acho que isso é legal no Brasil, podemos limpar a mesa e começar do zero – contou.


Textor descarta vender Botafogo hoje pelo dobro do preço: ‘Não me interessa. Gosto de saber que posso ser parte de algo’


O comentarista Carlos Eduardo Lino fez uma pergunta interessante a John Textor, no “Seleção SporTV” desta quinta-feira (23/6). O jornalista questionou se o empresário americano aceitaria vender hoje o Botafogo pelo dobro do preço que ele pagou.


– Não. Eu tenho 56 anos, me aposentei aos 55. É isso que faço, meu trabalho na aposentadoria. Não sei mais o que iria querer fazer da vida. Cresci com pouco dinheiro, fiz dinheiro, perdi tudo, depois percebi que tinha que ajustar essa conta. Trabalhar com paixão, coisas divertidas, escaláveis em nível global. Meu sucesso financeiro foi maior do o que eu perdi porque trabalhava com coisas que gosto muito. Gosto de saber que posso ser parte de algo. Tenho um estagiário que faz traduções nos Estados Unidos, digo que estamos criando uma nova Premier League, é um privilégio. Se alguém me oferecer mais dinheiro, por que toparia? Não me interessa. Espero ficar mais tempo aqui, sou coproprietário, os outros são os torcedores. Espero que me mantenham aqui por um tempo – explicou Textor.


O empresário está montando uma rede global de clubes, com Botafogo, Crystal Palace, Lyon e RWD Molenbeek, além do FC Florida.



Reforços para sacudir o Aeroporto


O astro colombiano do Al-Rayyan, do Qatar, está na lista para reforçar o Botafogo nesta segunda janela, e o empresário americano ressaltou que a busca por um reforço de peso tem que ser para jogar bola, e não somente servir como marketing.


– Sobre o James, nossos filhos cresceram quase bilíngues, gostavam muito do futebol colombiano e do James. Se é possível trazê-lo? Não sei. Ele colocou na mesa que estava buscando um desafio. Olha o que está acontecendo no Brasil, por que alguém não queria vir para cá nesse momento da história? Conversemos com ele e espero poder convencê-lo a se juntar a nós. Não se trata somente de um nome famoso, mas sim de um nome famoso que jogue bola. (Sobre astros) Tem de haver um equilíbrio de uma grande estrela que custa caro e não joga mais ou vou atrás do próximo grande jogador de 24, 27 anos? É esse equilíbrio que buscamos – disse Textor.


Durante a resposta, John Textor relembrou como foi a primeira janela do Botafogo, com 12 reforços contratados com rapidez por conta do curto espaço de tempo para inscrevê-los.


– Os torcedores têm que entender que entre dizerem que eu seria o novo dono e eu de fato virar o dono durou alguns meses. Contratamos jogadores em algumas semanas apenas. Estávamos tentando construir uma equipe baseada na que jogou a Série B, num período em que a janela não está aberta em lugar nenhum. Em julho, com a grande janela que vai se abrir, aí há jogadores experientes, outros em desenvolvimento, famosos, está todo mundo indo e vindo. Em abril, não haviam jogadores. Luís Castro, (André) Mazzuco se envolveram muito, fizemos um bom trabalho no desenvolvimento para poder estar perto de um padrão de Série A. Você não conseguiria pegar um nome que vai sacudir o aeroporto, mas em julho e agosto pode acontecer – ressaltou.


Textor põe nova arena para o Botafogo como ‘principal meta a longo prazo’ e fala sobre Nilton Santos: ‘Estádio com pista olímpica não é de futebol’


– Qualquer estádio construído com uma pista olímpica em volta não é um estádio de futebol. O estádio do Crystal Palace (Selhurst Park) é pequeno, não impressiona muito, mas a torcida está ali em cima. Tem uma energia, é uma maneira de se sentir conectado com o público, isso ajuda os jogadores. Ajuda na experiência de entretenimento dos torcedores, é disso que precisamos para o Botafogo – afirmou Textor.


O Estádio Nilton Santos, por sinal, ainda não teve a transferência do Botafogo de Futebol e Regatas para a SAF. O Glorioso conseguiu prorrogar a concessão até 2051, mas Textor acredita que adaptar a instalação é inviável.


– O custo de conversão do Nilton Santos seria muito alto. Eu quero ver uma estrutura que tenha conexão entre o clube social e o clube de futebol. Uma instalação que tenha o estádio, as categorias de base, a parte social, tudo criando uma energia que impulsiona nossa equipe. É isso que cria um clube bem-sucedido. Estou olhando terrenos, eu diria que essa é minha principal meta no longo prazo – frisou Textor.


Textor quer jovens disputando espaço no Botafogo e evita falar em número de reforços: ‘É necessário adicionar qualidade’


John Textor já falou que pensa em até oito reforços nesta segunda janela. O acionista majoritário do Botafogo não quis falar em números. Ciente da necessidade de qualificar o elenco, o empresário americano adotou cuidado para motivar os jovens a buscarem espaço no time de Luís Castro.


– Não quero falar muito disso, porque quero que todo jogador na equipe sinta que está nos planos. Quem conhecia o Kayque? Eu nem sabia que ele estava no elenco em fevereiro, abril, e veja o que ele fez nos dois últimos jogos. O torcedor quer saber quem vem. Quero que todo mundo do elenco se sinta útil e lute por uma posição. Colocamos cinco jogadores do time B no grupo principal no último jogo, todos têm oportunidades de subir – afirmou Textor.


– A boa notícia é que não são nenhum desses homens (Textor ou Mazzuco) que estão projetando (os reforços), mas sim o Alessandro Brito (head scout). Ele é o cara inteligente da sala do qual ninguém nunca fala. Estamos projetando o seguinte… O Luís Castro foi escolhido por ser um professor de nível europeu muito alto, temos a ideia de construir a partir de trás. Ele está fazendo um bom trabalho de os atletas se adaptarem, atuar com linha alta na defesa. Fomos expostos algumas vezes e precisamos de mais força nas pontas, temos que ser mais agressivos na frente. É necessário adicionar qualidade – completou.


Em outro momento da entrevista, John Textor voltou a falar que o valor investido na primeira janela não é nada comparado ao que o futebol brasileiro pode girar se for melhor vendido no exterior.


– Quinze milhões de dólares, ou R$ 75 milhões reais na janela parece pouca coisa, mas foi considerado mais alto do que estava se gastando. Essa quantia é menos do que pagamos no Crystal Palace pelo Marc Guéhi (21 anos, comprado do Chelsea por € 23 milhões) ou Joachim Andersen (26 anos, comprado do Lyon por Joachim Andersen 17,5 milhões), dois zagueiros jovens. Com o tempo, isso ficou um pouco desconexo. O Brasil ainda é um dos maiores favoritos a ganhar a Copa do Mundo no fim do ano, porque as ligas aqui não são maiores, mais fortes? – questionou.


Assista a íntegra da entrevista de John Textor ao Seleção Sportv: 


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