Durcesio aponta paixão de John Textor pelo Botafogo como diferencial: ‘Está botando muito mais dinheiro do que o previsto’; Durcesio fala sobre possível NETWORKING com Keisuke Honda


O Botafogo se transformou em SAF este ano muito pelo trabalho da gestão Durcesio Mello, que preparou o terreno para a venda da maior parte dos ativos do futebol para John Textor. Em entrevista ao canal “Botafogo Connection”, o presidente destacou o compromisso e a paixão do empresário Estadunidense pelo clube. 


Durcesio explicou que há cláusulas que protegem o clube em relação a investimentos.


– Existem cláusulas de performance, que obrigam ele a, se não atingir determinados resultados, investir mais. No começo tinha, mas tivemos que tirar, uma tabela que em dez anos tinha que chegar em uma semifinal de Libertadores, ganhar um Campeonato Brasileiro, ter algumas metas, duas quartas de Copa do Brasil, ganhar uma Sul-Americana. Mas tiramos isso porque futebol não é ciência exata, é possível ter dinheiro para caramba e não ganhar nada – explicou o presidente, que prosseguiu.


– Nesse caso, ao invés de perder o direito, tem que injetar mais dinheiro. Mas isso já está fazendo, esse ano ele está botando muito mais dinheiro do que era previsto no contrato. Mostra como está apaixonado pelo Botafogo. Na última vez falou comigo que Crystal Palace e Lyon são bacanas, mas isso aqui não tem preço, pega a bandeira e vai para o campo, a torcida enlouquece ele, adora – complementou.


O presidente não garante não ter qualquer vaidade por perder parte do poder e evita até marcar presença no futebol do clube, para separar bem os assuntos.


– Quando entrei, minha meta era a SAF, que na época era a S/A. Já sabia dos números, que essa era a solução. Quando decide isso, contrata CEO para estruturar o clube financeiramente e prepara para S/A, é porque sempre foi meu projeto pessoal. Já entrei desprovido da vaidade porque isso ia acontecer, era a solução. Para vários clubes no Brasil, mas está mais lento do que eu pensava, para muitos clubes grandes ainda não caiu a ficha – ponderou.


Durcesio expõe planos que Botafogo tinha para Honda como embaixador na Ásia: networking e disputa de torneios



Honda se despediu do Botafogo no dia 30 de dezembro de 2020, semanas antes do rebaixamento no Brasileirão ser consumado. Até hoje a torcida alvinegra se divide entre o carinho pelo jogador japonês e a revolta pelo ex-camisa 4 ter “pulado do barco” somado a um fraco desempenho dentro de campo. E quem não guarda mágoas ainda alimenta esperança de vê-lo como parceiro do Glorioso futuramente. O presidente Durcesio Mello, que assumiu o clube poucos dias depois, em janeiro de 2021, revelou que tinha planos para o meia.


Entrevistado pelo podcast Glorioso Connection, o presidente do Botafogo foi perguntado se preferia Honda ou o marfinense Kalou, outro estrangeiro que vestiu a camisa naquela mesma temporada. Sem titubear, Durcesio escolheu o craque japonês e lembrou boas ações do mesmo na despedida do Fogão.


– Ah, o Honda! Se eu tivesse que escolher: Honda. Mais profissional. Tive mais contato com ele. Eu negociei muito com o Kalou para ele sair. O Honda comprou vários sócios-torcedores e gastou, quando ele saiu, se eu não me engano, R$ 150 mil em coisas que ele deu para o Botafogo. Doou, mandou doar. Pagou por um ano. Então ele teve esse negócio com o Botafogo mais bacana. Eu falo com ele de vez em quando. Ele criou dificuldade também porque queria ser o dono do time e não foi – relembrou.


Durcesio contou que a transição para SAF interferiu no planejamento que tinha rascunhado para Honda ser uma espécie de embaixador do Botafogo na Ásia.


– A ideia, quando ele saiu, eu comecei a bolar isso, era de ele ser embaixador. Mas as coisas foram atropeladas. Veio a SAF. Meu foco foi todinho para SAF e aí isso foi ficando esquecido, na prateleira, para um dia – lamentou.


O presidente alvinegro externou que Honda tinha intenção de levar equipes da categorias de base do Botafogo ao Japão para disputa de torneios. Criar um networking, ter um bom relacionamento com empresas locais, também estava no planejamento.


– Eu tinha planos de ele me apresentar empresas japonesas. Ele queria levar times da base para jogar no Japão uma vez por ano, para fazer uns torneios. Aí, na ocasião, ele apresentaria grandes empresas que ele tem acesso. Ele tem várias empresas, é muito bem-sucedido – acrescentou.

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