A Fifa fará um estudo para analisar o aumento de participantes no Super Mundial de Clubes para 48 times na próxima edição, em 2029, revelou o jornal britânico “The Guardian”.
A Fifa realizará uma consulta sobre a expansão da Copa do Mundo de Clubes para 48 equipes em 2029 se a edição deste verão no Hemisfério Norte for bem-sucedida, após o lobby de clubes que não conseguiram se classificar para o novo torneio de US$ 1 bilhão de Dólares em premiações (cerca de R$5 Bilhões).
A competição de 32 equipes começará nos EUA neste sábado 14/6 e o time campeão receberá até US$ 125,8 milhões de dólares, cerca de (R$ 696.1 milhões) em participação e prêmios em dinheiro por jogar as sete partidas.
Isso é cerca de R$188 milhões, a menos do que o Paris Saint-Germain acumulou com a Uefa por sua campanha de 17 jogos vencedores da Liga dos Campeões, levando a preocupações de clubes que ficaram de fora.
Vários clubes europeus que ficaram fora da edição de 2025 estão fazendo um lobby na entidade, de olho na premiação distribuída pela Fifa.
De acordo com a reportagem, clubes da Inglaterra também estão pressionando a Fifa para aumentar o limite de dois clubes por país europeu – no caso de obter a classificação por ranking.
Barcelona, Arsenal, Liverpool, Manchester United e Milan estão entre os grandes clubes com grandes torcedores que não se classificaram e, a menos que a Fifa aumente seu limite de 12 participantes europeus, a expansão é a única maneira de garantir mais competidores europeus.
A Copa do Mundo masculina do próximo ano e a Copa do Mundo Feminina de 2031 envolverão 48 equipes pela primeira vez, portanto, expandir a Copa do Mundo de Clubes seria consistente com o novo modelo de torneio da Fifa. Fontes da Fifa disseram que, embora discussões sérias sobre a expansão ainda não tenham ocorrido, conversas com todas as partes interessadas sobre o formato e a estrutura da Copa do Mundo de Clubes serão realizadas após o torneio deste verão.
Outra possível mudança promovida pelos clubes da Premier League é aumentar o limite de dois clubes de um país, uma restrição que levou o Liverpool a ficar de fora, apesar de atender a um dos critérios de qualificação de ter um dos oito melhores recordes da Liga dos Campeões de clubes que não venceram a competição entre 2021 e 2024. Chelsea, Manchester City e Real Madrid se classificaram como vencedores da Liga dos Campeões durante esse período, com nove clubes europeus se classificando através do ranking da Uefa porque o Real Madrid venceu a competição duas vezes, em 2022 e 2024.
Para a primeira edição, que começa no próximo sábado (14/6), ficaram fora times importantes da Europa, como Barcelona, Arsenal, Manchester United e Milan.
O Dazn concordou em pagar US$ 1 bilhão pelos direitos globais de TV em um acordo que permite sublicenciar para outras emissoras em uma base regional, com o Channel 5 comprando os direitos de 23 partidas no Reino Unido.
O acordo com o Dazn está sendo financiado por um investimento de 10% na empresa pela SURJ Sports Investment da Arábia Saudita e o dinheiro saudita está sustentando o torneio, com o Fundo de Investimento Público do país anunciado como parceiro do torneio na semana passada.
Os patrocinadores de longa data da Fifa, Adidas, Coca-Cola e Visa, também aderiram depois de inicialmente resistirem. As vendas de ingressos foram mistas, no entanto.
A expansão enfrentaria resistência do sindicato internacional de jogadores, Fifpro, que, juntamente com o grupo de lobby European Leagues, apresentou uma queixa legal à Comissão Europeia acusando a Fifa de "abuso de domínio" por supostamente não consultá-los sobre a programação do torneio.
A Fifa negou as acusações e acusou algumas ligas de "interesse comercial" e "hipocrisia".
A Comissão Europeia ainda não decidiu se investigará a queixa.