Bruno Lage o técnico que aceitou vir para o Botafogo, e colocar o seu nome na história do EX-GIGANTE ADORMECIDO


O Acionista do Botafogo, John Textor fez as honras da casa e apresentou o técnico Bruno Lage à imprensa na manhã desta quarta-feira (12/7), no Estádio Nilton Santos. Antes do português falar pela primeira vez como funcionário do clube, o empresário norte-americano fez uma longa explanação e fez um agradecimento público ao treinador.


– Sinto-me muito honrado de ele ter acreditado e valorizado nosso projeto, de ter vindo nos ajudar. Foi isso que eu pedi a ele. Não pedi a ele para vir por três, quatro, cinco anos. Sei que vocês vão perguntar por quanto tempo ele vai ficar. Vamos apenas aproveitar que ele chegou nessa temporada especial. Não há garantias do que vai acontecer, mas acredito que esse é o próximo passo. Esperamos que ele traga mais coisas para o projeto, para contribuir com o bom trabalho que foi feito pelo Luís Castro. Agradeço ao Bruno por ter assinado e se juntado a nós – disse Textor.




John admitiu que precisou agir rápido depois da saída repentina de Luís Castro para o Al-Nassr, da Arábia Saudita, e afirmou que, apesar dos objetivos serem os mesmos, o Botafogo passa de fato a sonhar com a possibilidade de ser campeão do Brasileirão-2023.


– É uma situação não muito usual, perder um treinador com o time na liderança. Não é segredo para ninguém que eu gosto do modelo europeu de investir em metodologia, estrutura, ter uma posse de bola em progressão aliado com uma boa estrutura tática ofensiva. Tivemos que trazer alguém muito bom e muito rapidamente para manter essa temporada mágica e até certo ponto surpreendente em que estamos – iniciou Textor.


– Trouxemos um técnico interino por algumas semanas por causa dessa mudança repentina com a saída do treinador, precisamos de algumas semanas para encontrar um técnico a longo prazo. Essa temporada se transformou, de uma chance de vaga na Libertadores por uma chance de título. Nossos objetivos não mudaram, ano passado era permanecer e ir para a Sul-Americana, esse ano era buscar a Libertadores. Tem muito jogo pela frente, temos grandes times atrás de nós. Nenhum treinador ganhará todos os jogos, mas foi importante para mim buscar alguém rapidamente extremamente qualificado e experiente, que entende o que já construímos e pode manter os ajustes que sejam necessários para o restante da temporada – completou.



Ao lado de John Textor, Bruno Lage foi apresentado oficialmente pelo Botafogo na manhã desta quarta-feira (12/7). O treinador português vestiu a camisa no campo do Estádio Nilton Santos e foi para a sala de imprensa conceder sua primeira entrevista coletiva no clube.


O início da entrevista foi de agradecimento.


– Minhas primeiras palavras são dirigidas ao torcedor do Botafogo, tem sido manifestação fantástica, recepção no aeroporto, tudo. Faremos tudo para continuar esta época fantástica. Já treinei um Glorioso em Portugal (Benfica), agora vou treinar o Glorioso do Brasil. Muito importante para mim. Dou graças a Deus por ter sido o escolhido para honrar essa tarefa até o fim.





– Manifesto aos jogadores toda a sorte do mundo, fazem um trabalho fantástico, transição com vitórias, como o último jogo. Um abraço a todos na Argentina, que consigam fazer um grande jogo esta noite.


– Fico um pouco sem palavras quando (John Textor) diz que me pediu ajuda, mas acabou por me convencer. Ficamos três horas a falar de futebol, o tempo voou, viu coisas da nossa parte. Fiquei muito curioso em como a conversa evoluiu, como pensa futebol, pela paixão pela formação. Escolheu-me para ser o próximo treinador do Botafogo. Só tenho a agradecer. Desejo também sorte ao mister Luís Castro no próximo projeto.


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Interesse de Corinthians e Atlético-MG


– Às vezes é importante perceberem as coisas. Não houve recusa a Corinthians e Atlético-MG. São movimentos diferentes no tempo. Há um mês, havia uma situação diferente na nossa vida profissional, poderia tomar um rumo diferente, as coisas não aconteceram. Aconteceu que casou agora. Não foi rejeitar ninguém, foi aceitar o que me convenceu e me escolheu, em função do momento seria projeto muito interessante de dar continuidade ao trabalho fantástico que tem sido feito aqui.


De quem serão os méritos?


– O mais importante nessa questão, independentemente de quem possa ter os méritos, é o Botafogo ser campeão. Se o mérito é do Luís, Cláudio, Bruno, para mim é indiferente. O mais importante é os torcedores terem um título no fim do ano.


Transição


– Esse vai ser o nosso trabalho ao longo dos meses. Essas coisas acontecem quando as equipes não estão em bom momento e precisamos mudar em termos de motivação. Aqui, nós temos feito uma análise muito cuidadosa da equipe e de como conseguir os resultados. O objetivo é fazer uma transição muito pacífica.


Objetivo do Botafogo


– Um título é sempre importante para qualquer treinador, mas não temos tempo para pensar nisso. O que me dá mais prazer são as recepções, a forma de celebrar títulos, de se celebrar no estádio. O que me dá satisfação é dar alegria às pessoas. Esse é o meu foco. Trabalhar com jogadores, tirar o melhor deles e dar tudo pelo torcedor que vai apoiar o time.


Luís Castro


– Conversamos um pouco. Ele me disse que há um grupo fantástico de jogadores, um estafe do clube também fantástico. Temos um passado muito parecido. Enquanto o Luís era coordenador do Porto eu era treinador da base do Benfica. Nos cruzamos várias vezes. Quando assumiu a equipe B do Porto e a equipe A, eu fiz o mesmo percurso.


Elenco


– Tive dois anos fantásticos com o Gabriel (Pires), nos ajudou muito no Benfica. Marçal, também, no Wolverhampton, teve boas exibições. O Tiquinho eu conheço muito bem. Esse intercâmbio é muito bom, é bom para o treinador europeu vir para cá e é bom para o jogador ir à Europa. Vou tentar conhecer todo o plantel o mais rápido possível. Acompanhei o Campeonato Brasileiro nos últimos anos, o nosso país tem acompanhado, até pela quantidade de treinadores que vieram.


Família não queria vir?


– Ficamos surpresos com essa notícia e situação. Não foi nada disso, questões pessoais. A vida do treinador muda muito. De um mês para cá temos tido muitas situações que acabaram ou foram desenvolvendo. Por isso repito que não houve recusa de nenhum clube brasileiro antes. Houve sim situações próximas de acontecer que depois não se concretizaram. O time que estava em primeiro lugar perdeu o treinador e eu entendi que pelo projeto e a forma como o John me convenceu, não podia esperar outras situações e queria vir o mais rápido possível.


Estilo de jogo


– É um conjunto de tudo. O projeto, a forma que nos convenceram, o elenco, o potencial, ver o trabalho que o time está fazendo e tentar fazer melhor. Ajudar que a equipe melhore em todos os níveis para ser competitiva. O time tem ganho uma dimensão enorme. Um terço do campeonato já foi, temos que continuar trabalhando para que o time melhore. Calendários apertados, viagens longas, mas a minha vida no futebol tem sido assim. No Benfica, no Wolverhampton. São coisas que estamos habituados. Queremos fazer uma transição. Temos noção do ponto em que a equipe está. Trabalhar com os jogadores vai nos dar dimensão de como jogam. Quero ter noção de como recuperam com os poucos dias entre os jogos. Alguns tem mais de 30 anos, outros são jovens talentosos. Que tipo de estímulo temos que preparar para que tudo aquilo que é um trabalho invisível no treino, amanhã quando tiverem a oportunidade de jogar, consigam chegar e entrar no profissional. O trabalho não é apenas ver o que está acontecendo, é estudo. Entender dinâmicas, jovens, mais velhos. Conhecer jogador e como vai responder ao trabalho - Completou.

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