Philipe Sampaio elogia torcida alvinegra e celebra bom início no Botafogo: ‘Convite foi irrecusável, não tinha medo nenhum do que iriam achar de mim’


Ainda nas semifinais do Campeonato Carioca, o zagueiro Philipe Sampaio foi o primeiro dos reforços da Era John Textor a estrear pelo Botafogo, com poucos dias de treinamento. Em participação no programa “Tá na Área” desta sexta-feira, no SporTV, o defensor falou sobre o convite recebido e disse que não tinha dúvidas de que iria conseguir desempenhar seu futebol no Glorioso, após longo período atuando na Europa.


– Quando recebi o convite fiquei surpreso. Quando fui anunciado até brinquei: “Na nova Era Textor, vão contratar logo zagueiro de primeira? Espera um pouco, apresenta um atacante!” (risos). Não cheguei aqui à toa, saí muito cedo do Brasil, tive que trabalhar muito, rodar por três países diferentes e estava preparado para esse tipo de oportunidade. Quando apareceu esse convite, foi irrecusável. Existem muitos bons jogadores fora do Brasil, independente da divisão, do país – afirmou, continuando:


– Espero fazer meu trabalho bem feito aqui, sei que no Brasil não é fácil. Não tinha medo nenhum do que iriam achar, pois sabia que eu iria me dedicar, trabalhar e fazer o que vinha fazendo lá. Chegar com uma semana, estrear, num clássico, foi um casamento perfeito, pela motivação, ambiente, por tudo. Foi assim que eu encarei, como a oportunidade da minha vida. Estou feliz, com os pés no chão, procurando evoluir cada vez mais.



Sampaio também disse ter ficado mexido com o apoio da torcida do Botafogo nos jogos contra Corinthians, no Nilton Santos, e Ceilândia, em Brasília.


– Não só em Brasília como nossa estreia já foi marcante, ter visto tudo aquilo de pessoas, o amor, a chegada ao estádio, ver que a torcida comprou a ideia no dia a dia, comprometida nesse novo processo. Em Brasília foi diferente também, na chegada ao hotel, era 17h e estava lotado. No dia dos jogos o que mais mexeu é ver um pai levantando a criança comemorando um gol, senhores, senhoras, o estádio lindo, cheio, foi muito gratificante. Independente do jogo, sempre vamos ter o comprometimento de fazê-los felizes – disse o defensor.


Acostumado a jogar em linha alta na Europa, Philipe Sampaio se adapta rapidamente ao estilo Luís Castro no Botafogo


Na maneira com Luís Castro quer que o Botafogo atue, de forma mais compacta, os zagueiros devem atuar mais próximos dos meio-campistas, numa linha mais alta. Philipe Sampaio, defensor alvinegro, já vinha atuando assim na Europa e explicou que este é um ponto que está sendo bastante trabalhando no dia a dia de treinamentos pelo treinador português.


– Quando cheguei aqui, mostrei ao Kanu os dados do GPS do quanto a gente corria na França e ele falou: “Pô, você está maluco!” Precisávamos sim estar mais próximos da linha, falava para ele que se der todo esse espaço para o jogador brasileiro talentoso, vamos ter muito mais dificuldade, porque normalmente os atacantes saem em vantagem no mano a mano. Se subir a linha e acompanhar os volantes, podemos ter um suporte a mais e é isso que o Luís Castro tem nos cobrado, sempre estar juntos, em bloco, com a linha bem compacta – explicou Sampaio, em entrevista ao “Tá na Área”, do SporTV.


Titular na zaga ao lado de Kanu desde as semifinais do Estadual, contra o Fluminense, Sampaio contou que o entrosamento com o companheiro tem melhorado nessa questão e disse que o calor é outra diferença que sentiu em relação à Europa.


– Na semifinal, em alguns momentos do jogo, víamos o meio-de-campo lá na frente, eu tinha acabo de chegar, mas agora já temos uma intimidade maior, vendo os vídeos, é o que vemos fazendo para consertar isso. Falei isso aqui, estávamos jogando muito longe, muito perto do goleiro, e assim ficamos muito sujeito a errar e sofrer o gol. E o outro problema é o calor. O calor que faz aqui no Rio de Janeiro é bem grande – afirmou Sampaio, revelando outras orientações de Luís Castro:


– É um novo estilo de jogo, com a linha mais ofensiva. Ele tem nos cobrado muito no dia a dia, temos que reagir rápido à perda da bola. E controlar a bola, ter calma e paciência. Ele fala que o problema não é perder a bola, mas sim reagir. Temos aprendido todo dia. Tanto psicologicamente, como taticamente, eles tem nos ajudado muito.

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