Em pré-jogo do Botafogo contra o Aurora, Mazzuco fala ao GE e Globoplay que o Botafogo traça um perfil de técnico similar a Luís Castro; E que novos reforços não devem vir nos últimos dias da primeira Janela de Transferências

 

Em participação na live de pré-jogo do ge, o ainda diretor executivo de futebol do Botafogo, André Mazzuco, disse que toda cautela é pouca na definição do novo treinador. Desde a demissão de Tiago Nunes há uma semana, o Alvinegro avalia o mercado para contratar um novo técnico.


O treinador foi questionado sobre o perfil do profissional que busca e ouviu, do comentarista Rodrigo Coutinho, se o ideal seria encontrar figura parecida a de Luís Castro, que deixou o Botafogo no meio do Campeonato Brasileiro de 2023 com o time na liderança disparada.


- O "match" (a sintonia) do Luís aconteceu um ano depois da chegada, se for pensar friamente. Teve esse tempo e aconteceram vários atritos durante, até uma possível saída. O futebol brasileiro tem uma cultura de resultados que você precisa ser firme nas convicções.


- É claro que queremos um treinador com conteúdo, mas buscamos uma figura de liderança que venha entendendo o Botafogo. É um momento importante e peculiar do clube. Precisamos caminhar bem em 2024. Precisamos entender bem esse momento, não podemos ter um treinador para testar algo ou descobrir algo. Tem que ser muito bem combinado. Ele chegar e entender muito bem como o Botafogo é - afirmou Mazzuco.

Mazzuco reforçou a confiança em Fábio Matias, auxiliar permanente do Alvinegro, lembrou que o foco é total no jogo desta noite de quarta-feira, no estádio Nilton Santos, contra o Aurora - depois de empate por 1 a 1 na Bolívia -, mas disse que as buscas são incessantes por novo profissional.


- É uma procura que inicia a partir do momento que a gente tem a troca. Eu sempre reforço que a gente tem Fábio Matias no comando, que é um profissional da nossa confiança, é o assistente da casa. Acho que o foco maior é o jogo, a gente tem que ter muito cuidado com isso. Claro que nós estamos analisando, buscando. Todos em conjunto, eu, o Alessandro, o John Textor, toda a equipe do futebol. É uma decisão importante de ser tomada, é uma decisão fundamental, porque é para o restante da temporada. É o que a gente espera. As buscas continuam, todo o cuidado está sendo tomado. Temos essa troca de informações para a gente tomar a melhor decisão possível e tão logo ela aconteça, a gente vai informar ao torcedor para contar com ele não só para o primeiro semestre, mas também para a toda temporada - comentou o dirigente.


Mazzuco foi questionado também a respeito da chegada de mais reforços. O clube tem acertos com Allan, meia ex-Vasco e Seleção, e também Igor Jesus, atacante do Shabab Al-Ahli. O dirigente lembrou que a primeira janela do futebol brasileiro fecha no dia 7 de março - próxima quinta-feira.


- Eu acho que a gente conseguiu ser pontual naquilo que a gente queria. Claro que a gente está atento, sempre se tiver alguma oportunidade que possa atender a gente melhor, a gente vai fazer. Mas a princípio (a gente quer), recuperar quem lesionou, trazer esses caras de volta para incorporar a equipe. A gente acredita que tem um time muito bom, é um time que precisa dessa sintonia agora com os atletas também, tendo todo mundo à disposição. E a gente está tranquilo para encarar essa primeira etapa. Acontecendo algo, ok, senão a gente tem aí meio do ano, que é aquele momento também de reforçar, de repensar naquilo. Então a gente está assim, estamos tranquilos - disse Mazzuco.


Virar a página de 2023

O diretor de futebol alvinegro voltou a ser perguntado da perda do Brasileiro de 2023. Ele afirmou que nunca houve pedido de jogadores para não irem a campo e demonstrou confiança em enterrar de vez este assunto do ano passado.


- Claro que foi um ano traumático, um ano que termina mal. É um assunto que a gente nunca gostaria de trazer à tona. Eu estou deixando muito claro isso internamente: no Botafogo, a nossa chave virou dia 7 de janeiro. Independente dos acontecidos, o nosso trabalho é encarar a temporada 2024. Foi uma temporada em que a gente terminou em quinto no Brasileiro. Mas gostaríamos de ter sido campeões. Temos hoje, por exemplo, um jogo importante para o nosso calendário. Mas é 2024. Nosso pensamento tem que ser esse. Os atletas são esses e é o trabalho que a gente tem feito. Porque é uma temporada longa e se pegar o que tem acontecido no Botafogo, de 2022 para cá, há um crescimento exponencial a cada temporada. Em 2024 tem que ser melhor ainda. A gente teve um 2023 que nos permitiu estar aqui hoje nessa disputa. Poderia ter sido melhor, mas a gente está aqui hoje na Libertadores é um orgulho para o torcedor. Depois de sete anos, olhar a placa "A glória eterna" acho que essa é a nossa guerra agora, né? - lembrou Mazzuco.


Para Mazzuco, as ações, as correções são para 2024, para "terminar dezembro muito bem, melhor do que o ano passado".


- Esse é o caminho, claro que gera cicatriz no torcedor, na gente, mas a gente precisa superar mesmo. E para superar é trazendo coisas boas, pensando na temporada atual, trabalhando muito para isso, tendo o torcedor de volta conosco, a mesma energia, e lembrar que o Botafogo é um clube muito amado, eu sempre falo isso, é um sentimento de amor demais e que gera frustração, quanto mais amor, mais frustração, mas a gente tem que superar, acho que agora é a hora de a gente trazer tudo de volta, hoje é um momento fundamental para nós e a gente quer seguir, fazer uma temporada maravilhosa e que a gente termine com muito mais alegria.


Solidariedade ao Fortaleza

O diretor também pediu a palavra para manifestar repúdio à violência contra a delegação do Fortaleza em Recife, depois de partida contra o Sport, na Copa do Nordeste.


- Que demos uma atenção cada vez maior aos episódios de violência no futebol. O episódio do Fortaleza, e eu não falo só como diretor do Botafogo e presidente da associação de executivos, mas falo como André Mazzuco. Está na hora de tomarmos atitudes mais severas. É um momento de reflexão. Estou com muito medo de esperarem uma morte para tomarem uma medida mais drástica. Aí vão criar a lei de não sei quem ou o dia de não sei quem. É muito triste, mas estamos próximo de uma morte. Nós temos uma responsabilidade, imprensa, dirigentes. Temos que ser firmes nessa luta. O que aconteceu no Fortaleza não pode mais acontecer.

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