O Botafogo vive um momento de tensão após a derrota no clássico contra o Flamengo, que gerou críticas e aumentou a pressão sobre o time. A equipe, que vinha mostrando evolução nas últimas rodadas, viu seu desempenho despencar no Maracanã, resultando em um revés que deixou uma série de questionamentos.
Apesar da derrota, a confiança no trabalho do técnico Davide Ancelotti segue firme dentro do clube. A diretoria, em conversa com a comissão técnica, reforçou o apoio ao treinador e acredita que ele tem mostrado bons sinais de evolução na condução da equipe, mesmo diante de um cenário adverso.
No entanto, o Botafogo enfrenta uma série de dificuldades que complicam ainda mais o momento. Os desfalques têm sido um dos maiores desafios para Ancelotti. Jogadores importantes, como o meia Luiz Fernando e o atacante Tiquinho Soares, estão fora de combate devido a lesões e suspensões, o que diminui as opções do treinador para montar a equipe ideal.
A alta cúpula entende que Davide não tem culpa nos resultados recentes da equipe, já que vem tendo que lidar com uma enorme quantidade de desfalques.
No momento, há 12 atletas sem condições de jogo em General Severiano, sendo seis com status de titular: Bastos, Kaio Panteleão, Montoro, Alex Telles, Vitinho e Danilo.
Além deles, jogadores como Nathan e Barrera, que são vistos como boas opções no banco de reservas, também estão fora de combate.
Com isso, Davide Ancelotti seguirá no comando e já começa nesta quinta-feira (16/10) a preparar o Botafogo para enfrentar o Ceará, fora de casa, no final de semana.
O treinador ainda terá que lidar com muitos desfalques, precisando montar um "quebra-cabeça" para escalar a equipe na Arena Castelão. Informou Roberta Barroso.
Segundo o jornalista André Hernan, do “Fala a Fonte“, da ESPN, os líderes querem a permanência do italiano.
– Os jogadores do Botafogo, e aí o Marlon Freitas é o capitão, Marlon Freitas é o cara que fala dentro do vestiário, é o líder desse grupo, principalmente a ala Marlon Freitas e os cabeças, os líderes do elenco, eles não querem mais uma troca de treinador. Eles entendem que o trabalho com o Davide Ancelotti é um trabalho bom, é um trabalho que pode se desenvolver, mas que precisa de tempo. A análise interna que se faz é que o Botafogo passou por muitas transformações, muitas mudanças, e não adianta ficar trocando por causa de resultados. E é muito isso. O que o Marlon Freitas diz, perder o clássico não é bom, mas o trabalho não pode ficar sendo implodido a cada rodada, a cada resultado ruim. Ou a cada seis meses – afirmou André Hernan.
– Então, é um Botafogo que se acostumou a ganhar, que deu essa virada de chave ganhando Libertadores e Brasileirão. O torcedor está chateado, está magoado, mas é preciso entender que o trabalho precisa ter um tempo para que ele possa te dar uma resposta. Então por isso que os líderes se juntam e entendem que nesse momento não é uma hora de troca de treinador – completou.