Bernardo Accioly Advogado que representa Bruno Lage, em ação trabalhista na 6ª Vara do Trabalho do Rio, revela que ex-treinador do Botafogo não coloca a culpa no clube, mas sim em John Textor que não cumpriu as promessas que fez

Bruno Lage e Bernardo Accioly - Foto Reprodução


A ação trabalhista movida pelo técnico Bruno Lage contra a SAF Botafogo, cobrando R$ 9,6 milhões, se deu depois de o clube interromper os pagamentos combinados após a rescisão, em 2023. Por conta disso, o treinador contratou o advogado Luis Miguel Henrique, que tem carreira notória em Portugal e defende os interesses de outro treinador, o também português Jorge Jesus.

Luis Miguel Henrique  e Jorge Jesus em 2015 - Foto Reprodução

A ação que está na 6ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro foi movida pelo brasileiro Bernardo Accioly, que explicou o motivo da cobrança equivalente às verbas rescisórias, indenizações e danos morais.


- A reclamação trabalhista foi necessária em razão da falta de pagamento da rescisão do contrato do Lage, que, de boa-fé, inclusive concordou com o seu parcelamento, o que não foi honrado. Lage não tem qualquer problema com o Botafogo, mas sim com o Sr. John Textor, que não honrou com os diversos compromissos assumidos pessoalmente com meu cliente, inclusive após seu desligamento do Botafogo - explicou o advogado. (Dentre elas uma ida ao Olympique Lyonnais que não foi cumprida).


Na rescisão trabalhista, o treinador teria direito de receber imagem, multas, correção, sem levar em consideração a diferença de câmbio. Lage também acusa o Botafogo de fraudar parte da remuneração ao dividir o salário entre contrato de trabalho e de direito de imagem, mas sem a exploração efetiva de sua imagem em campanhas ou ações publicitárias. A ação afirma que essa prática teve como objetivo “mascarar verba de natureza salarial”.


- O contrato de imagem é mais barato para o clube. Além disso, você tem que ter a utilização efetiva da imagem, você não pode simplesmente dizer que está pagando a título de imagem e não usar, que foi o caso dele. Treinador já é mais difícil usar a imagem, por isso que tem uma regra especial de contrato de trabalho de treinador, no caso dele não foi utilizado, então a gente pede a integração dessas verbas, a incorporação dessas verbas ao salário, aí você tem todas as incidências em cima disso, de décimo terceiro, férias, um terço de férias e aí os valores vão aumentando - completou Bernardo Accioly.

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