John Textor assistiu a um Botafogo sem inspiração e sabe que precisará colocar dinheiro no time, além de fazer contratações urgentes para o meio de campo e laterais

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O Norte Americano, que foi ao Nilton Santos ver pela primeira um jogo ao vivo do time que irá investir no Brasil, pôde assistir a uma equipe que certamente não será a mesma que jogará o Campeonato Brasileiro. A derrota por 3 a 1 para o Fla evidenciou a diferença nas qualidades dos times e também no que uma equipe com bastante dinheiro é capaz de fazer.


O primeiro tempo mostrou bastante a diferença. Que pese o pênalti não marcado a favor do Botafogo em um toque de mão de Pedro, fato é que o clube não mostrou tanto volume de jogo quanto a equipe adversária. O Fla foi melhor durante toda etapa inicial e o Bota só conseguiu acertar o gol aos 45 minutos da primeira etapa. 


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Naquele momento, o Botafogo já perdia por um a zero, com o primeiro gol do jogo saindo de uma falha defensiva que foi recorrente. No caso, Jonathan Silva não fez a linha de impedimento da maneira correta e deu condições para Pedro receber nas costas de Kanu. Mas essa não foi a única vez em que isso aconteceu. O Flamengo, até por mérito da movimentação, teve outras oportunidades de marcar usando a mesma estratégia de ataque às costas da defesa alvinegra.


Além da zaga sofrer com as investidas, a equipe, ainda comandada interinamente por Lúcio Flávio, tinha dificuldades para criar. Chay foi o único armador escalado pelo técnico e teve a companhia de três volantes, além de Luiz Fernando e Matheus Nascimento do meio para frente. Mais centralizado, o camisa 14 ficou sobrecarregado pela criação e, bem marcado, não conseguiu organizar o ataque alvinegro. Luiz Fernando e Fabinho, aberto nas pontas esquerda e direita, respectivamente, não conseguiram jogar, principalmente o experiente volante, improvisado na função.


Quem estava no Nilton Santos tinha a impressão de que no primeiro tempo, apenas quatro jogadores do Botafogo atacavam. Os outros apareciam no campo de ataque quase como para dar apoio moral. Na hora da recomposição, quando não tinha a bola, as linhas de defesa e meio de campo ficavam afastadas e se tornavam um prato cheio para a movimentação dos articuladores rubro-negros.


No segundo tempo a coisa mudou de figura. Por mais que a superioridade continuasse no lado do Flamengo, até pela qualidade dos jogadores, a intensidade mudou. Numa partida em que uma equipe é claramente superior à outra, a com menos poder ofensivo precisa ou defender-se muito bem, ou entrar com muita vontade. Foi com essa garra que o time voltou e passou a mostrar maior intensidade no início da etapa final.


Buscando aproveitar os contra-ataques, o time do Botafogo apostava na velocidade e tentava fazer valer a juventude do elenco. Mas, com o tempo passando, o time foi perdendo perna e cansou. Chega um momento que a vontade não dá mais conta. Mesmo assim, o gol saiu, mas não foi aquela comoção que gerasse a esperança de uma virada. Apesar disso, o time mostrou um jogo mais intenso e maior apetite para ir atrás da reação sabidamente difícil.


Voltando à cena de John Textor fingindo que fazia chover dinheiro, nos parágrafos anteriores tá explicada a necessidade de não ser apenas uma brincadeira. Nos dois testes que teve contra times da primeira divisão, o Botafogo ficou devendo. Se antes o investidor norte americano dizia que previa contratar de seis a oito reforços para o início do Brasileirão, resta saber o que ele achou do primeiro jogo in loco que assistiu. 

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