John Textor Foto: DANIEL DERAJINSKI/ICON SPORT VIA GETTY IMAGES
Jimmy Butler, atual ala do Golden State Warriors, e ex-Miami Heat, busca aumentar seu patrimônio investindo agora em outro esporte. Segundo o The Athletic do New York Times, o atleta que faz parte de um consórcio de executivos do setor esportivo e de entretenimento que querem comprar a participação de 43% da Eagle Football, que John Textor, detém no Crystal Palace. A expectativa é que a oferta de compra seja de aproximadamente R$ 1 bilhão de reais.
O grupo é liderado pelo ex-executivo esportivo do Morgan Stanley, Bejan Esmaili, e pelo ex-advogado da Roc Nation, Wajid Mir. A dupla havia acordado anteriormente em janeiro de 2025 um período de exclusividade com John Textor — o maior acionista da Eagle Football e um dos quatro principais proprietários do Palace — que eles deixaram expirar.
O técnico do Dallas Mavericks, Jason Kidd, fazia parte desse consórcio, mas optou por se juntar ao grupo de proprietários do Everton, também da Premier League, em abril. Agora, Butler, seis vezes All-Star da NBA e que está no Golden State Warriors desde fevereiro, passou a fazer parte do grupo. Eagle e Butler, por meio de seus representantes, foram contatados para comentar.
Anteriormente apoiado por dois empresários sauditas, Haider e Mansoor Syed, o grupo original optou por deixar seu período de exclusividade de 30 dias terminar e, em vez disso, buscou financiamento alternativo. O novo consórcio, acrescentaram fontes, é apoiado por um grupo Norte-americano com experiência em investimentos em clubes de futebol. As negociações com Textor já foram realizadas.
Se a oferta esperada do grupo for aceita, o valor total do Palace — que conquistou a Copa da Inglaterra, a competição de copas de futebol mais antiga do mundo, pela primeira vez em maio — ultrapassará US$ 465 milhões (£ 343 milhões) cerca de 1 Bilhão de Reais. Outros investimentos recentes em clubes da Premier League incluem a compra de uma participação de 28,9% no Manchester United por US$ 1,6 bilhão em dezembro de 2023, a aquisição do Chelsea pela Todd Boehly-Clearlake Capital por US$ 3,02 bilhões em maio de 2022 e a aquisição do Newcastle United, apoiada pelo Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita (PIF), por £ 305 milhões em outubro de 2021.
A proposta chegaria em um momento importante para o Crystal Palace. O clube inglês, que conquistou uma vaga na Liga Europa vencendo a FA Cup, a Copa da Inglaterra, sobre o Manchester City por 1 a 0, pode ficar de fora do torneio. Textor e David Blitzer, sócios do clube, também são são proprietários do Lyon, da França, que jogará a competição na próxima temporada. A Uefa não permite que clubes do mesmo dono joguem o mesmo torneio.
Crystal Palace are working closely and collaboratively with UEFA to end the uncertainty about their place in next season’s Europa League. Palace are in constant communication with UEFA in order to satisfy them that US businessman John Textor does not have decisive influence over…
— Kaveh Solhekol (@SkyKaveh) June 11, 2025
Tradução do tweet: O Crystal Palace está trabalhando em estreita colaboração com a UEFA para acabar com a incerteza sobre sua vaga na Liga Europa da próxima temporada. O Palace está em constante comunicação com a UEFA para garantir que o empresário americano John Textor não tenha influência decisiva sobre a administração do clube. Textor possui ações do Palace e do Lyon, que também se classificaram para a Liga Europa, por meio da Eagle Football Holdings.
Acredita-se que a UEFA esteja solidária com a situação do Palace e esteja trabalhando com eles para encontrar uma solução para o problema.
A UEFA reconhece o benefício de ter o Palace na Liga Europa na próxima temporada, após a classificação ao vencer a Copa da Inglaterra – o primeiro grande troféu de sua história – no mês passado.
A UEFA quer que as ligas e copas nacionais sejam competitivas e mantenham vivo o romance de um time como o Palace, que venceu a Copa da Inglaterra e disputará o futebol europeu pela primeira vez em sua história.
Acredita-se que Textor esteja em negociações para vender a Eagle Football Holdings. Textor diluiu suas ações na Eagle Football e agora detém cerca de 55%. A Eagle Football detém 43% do Palace e Textor pessoalmente tem uma participação que agora é inferior a 30% no Palace.
Fontes também acrescentaram que Woody Johnson, dono do New York Jets, também fez uma oferta pelas ações da Eagle, mas ainda não atingiu a avaliação da Textor. O Athletic abordou Johnson para comentar, através dos Jets.
O Sportsbank, um grupo de investimento esportivo assessorado pelo ex-diretor do Everton e experiente financista de futebol Keith Harris, recebeu exclusividade para investir na Eagle em janeiro, mas essa exclusividade também expirou e não tem mais uma oferta ativa, embora continue interessado em investir caso a Eagle conclua sua oferta pública inicial (IPO).
A oferta esperada do novo consórcio dos EUA ocorre em meio a preocupações sobre a elegibilidade do Palace para competir na Liga Europa da próxima temporada, apesar de se classificar como vencedor da FA Cup, devido à propriedade do Eagle do Lyon, da França, onde detém uma participação majoritária, colocando-os potencialmente em desacordo com as regras da UEFA sobre a propriedade de vários clubes.
Textor esperava que os co-proprietários do Palace, Josh Harris, dono do Washington Commanders da NFL, e David Blitzer, os dois empresários Norte-americanos que juntos compõem os outros sócios gerais ao lado do presidente Steve Parish, comprassem as ações da Eagle, mas nenhum acordo foi fechado. Eles têm o direito de primeira oferta para comprar a participação da Eagle no clube de futebol do sul de Londres e foram abordados por Textor, mas de acordo com fontes familiarizadas com a situação, sua proposta não foi aceita.
Textor acredita que seria a maneira mais fácil de remover dúvidas sobre a participação do Crystal Palace na Liga Europa.
Espera-se que o consórcio dos EUA volte agora à mesa. Se fizer a oferta e for aceita pela Eagle, como a oferta anterior foi em dezembro, o acordo estará sujeito à aprovação da Premier League.
Resta saber se a Uefa ficaria satisfeita com um acordo vinculativo para a Eagle vender sua participação, ou se algum acordo pode chegar a esse estágio antes que o comitê tome sua decisão.
Se o consórcio for bem-sucedido na compra da Eagle, poderá posteriormente procurar realizar uma aquisição total da Palace no devido tempo, a fim de ter total poder de decisão.