Davide Ancelotti manteve os pés no chão e teve muita cautela após a vitória do Botafogo por 2 a 0 sobre o RB Bragantino, nesta terça-feira, no jogo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil. O Alvinegro jogou bem e construiu vantagem atuando no Estádio Nilton Santos, mas o treinador Italiano mantém a postura conservadora visando a partida da volta na próxima quarta-feira 6/8.
Assista abaixo:
— É um bom resultado, mas faltam 90 minutos contra uma equipe que merece todo respeito. É uma equipe perigosa, organizada. O jogo poderia acabar 2 a 1 ou tudo aberto. É um resultado que mantém a gente alerta para o jogo de volta e nada está resolvido ainda - afirmou.
Foi a primeira vitória de Davide como treinador do Alvinegro em casa. Antes, ele havia empatado com Vitória e Corinthians.
— Desejo de ganhar em casa eu tinha, sendo sincero. Muito contente não só pela vitória, mas porque temos um caminho que seguimos. E vamos melhorando. Temos muito que melhorar ainda. Hoje, acho que temos que fazer mais gols com as oportunidades que temos. Não é o primeiro jogo que acontece. Contente, claramente, mas com muito trabalho também - analisou.
O treinador Italiano espera ganhar um reforço para o jogo contra o Cruzeiro, no próximo domingo, pela 18ª rodada do Brasileirão: o volante Danilo.
— Vou contar com ele no domingo. Está treinando, está bem. Começou os treinos nessa semana, então tem que ser progressivo. Mas é um jogador que vai ser muito importante para a equipe, de muito nível. Está bem, só precisa de tempo, minutos, para chegar ao máximo nível fisicamente.
Mais declarações de Davide Ancelotti
Queda no segundo tempo
— É um pouco característica do futebol brasileiro e também do nosso time. Temos que trabalhar. Eu tenho que fazer as trocas corretas para corrigir e manter o time compacto o maior tempo possível. Acho que com cinco trocas, todos os jogadores do elenco vão ser importantes. Minha responsabilidade em cada jogo é escolher bem para fazer o time manter o estilo de jogo que queremos impor na primeira parte do jogo.
Marlon Freitas
— Marlon é um jogador fundamental não só dentro do campo, mas fora. É um exemplo para todos os companheiros e dentro de campo é um jogador muito inteligente. Um treinador dentro de campo. Ajuda muito. É muito vocal, fala muito dentro do campo. Ajuda a manter a equipe compacta.
Vitinho
— Falava com ele para corrigir o corredor pela direita. Vitinho jogou muito bem hoje. Ele tem uma relação muito boa com o Artur. Foi um trabalho muito bem feito na primeira parte. Temos que repetir isso.
Cuiabano
— Claramente, estou contente com ele. É um jogador que eu gosto porque em sua posição temos uma posição muito importante, mas ele tem características diferentes que nos dá a possibilidade de trocar numa partida ou no segundo tempo. É um jogador que tem muitas qualidades, pode melhorar em alguns aspectos e pode ajudar. Tem um cruzamento muito bom, na parte ofensiva pode ser decisivo com passes e com gols, como no jogo com o Sport. Então, seguramente, é um jogador jovem que precisa melhorar, mas que pode ajudar muito.
Saída de Danilo Barbosa
— Danilo (Barbosa) é uma pergunta para o clube. Na posição de volante chegou o Danilo. Temos o Allan, o Newton, o Marlon, Huguinho, que é um jovem muito interessante. Estamos bem nessa posição, não precisamos de nada.
Disparada de Barboza para marcar o gol
— Barbosa pode fazer isso todo jogo se ele quer. Muito contente com ele.
Newton
— Newton vem de duas boas partidas. É um jogador que tem coisas a melhorar. Que tem potencial. Que tem capacidade de correr com a bola, de romper linhas. E tem que fazer isso. Tem que ter essa liberdade de usar essa qualidade que tem. Acho que Newton pode ser um 8. Mas tem que ter essa possibilidade de soltar a posição.
Opção de Newton ao Allan
— Allan precisava descansar. Achei que Newton estava mais descansado. Também por características do jogo, porque era um jogo mais aberto. Contra o Bragantino, precisamos de jogadores que podem correr com a bola, e Newton faz isso muito bem.
Savarino
— Savarino fez um jogo muito inteligente. Na primeira parte, fez mais para atacar as costas. Na segunda, baixar mais para ajudar a saída de bola. É um jogador no campo que é inteligente. Vou ter trabalho nessa posição porque são dois jogadores (ele e Tucu Correa) que jogam muito. E gosto de ter esse problema. Quero ter competitividade no elenco, e tem que continuar.
Rotina de treinador
— Não vi nada (do Rio de Janeiro). Encontrei uma casa, mas não tive tempo de fazer nada. Amanhã é dado um dia de folga para ver algo. Não vi Copacabana em duas semanas. É muito diferente. Tem muitas coisas para fazer, como uma coletiva, é diferente o pré-jogo, fico muito tempo sozinho no vestiário. Normalmente, como auxiliar, você faz o aquecimento com os jogadores, passa tudo mais rápido. Mas antes do jogo é um tempo que não tem fim. Essa é a parte mais difícil, estar só no vestiário. Um treinador está só. Essa é a diferença.