Empate amargo do Botafogo contra o Corinthians expõe desequilíbrio no elenco do Fogão

  Cacá e Raniele em marcação de Joaquín Correa em Botafogo x Corinthians - Foto: Vítor/Silva


Após o empate em 1 a 1 entre Botafogo e Corinthians, neste sábado 26/7, no  Estádio Nilton Santos, o empresário e dono da SAF do clube, John Textor, falou com a imprensa tocou em assuntos financeiros. Entre várias respostas, admitiu que quer separar o Alvinegro da "parte europeia" da Eagle Holdings Limited, que tornou-se alvo de disputa na Justiça dos Estados Unidos contra James Dinan e parceiros da Iconic Sports. Também falou da relação atual com o Lyon, da França.


Há muito mérito no time paulista nisso. No intervalo, Dorival Júnior colocou Breno Bidon, Memphis, Yuri Alberto e Matheuzinho para reforçar o time misto que havia iniciado o duelo. As mudanças colocaram o Alvinegro Carioca, de atuação dominante no primeiro tempo, em confusão na etapa final.


Muito disso passou pelas escolhas de Davide Ancelotti em tentar contra-atacar Dorival Júnior nas alternativas de jogo. E na falta de opções para fazê-las.


O contexto do jogo foi de um primeiro tempo dominante, talvez até os melhores 45 minutos do Botafogo na temporada. O time conseguiu agredir o Corinthians de todas as formas. Jogadas ensaiadas, tabelinhas, bolas longas, cruzamentos... Tudo virava uma ameaçava. Arthur Cabral abriu o placar após boa jogada envolvendo Mateo Ponte e Nathan Fernandes.


O Corinthians mal ficava com a bola. O time misto de Dorival Júnior jogou para sobreviver, e ter saído para o intervalo com um gol de desvantagem foi lucro.



Aí o tabuleiro mudou. Com a entrada dos titulares, o Timão também passou a caçar e voltou melhor para o segundo tempo. Em um primeiro momento, o time carioca pareceu perdido e sem saber o que fazer diante da nova configuração do rival.


Os jogadores de Davide Ancelotti, que já vinham de um primeiro tempo muito intenso, passaram a correr ainda mais para travar o Corinthians. Com mais homens no meio-campo, o adversário foi dominante naquela área nos duelos contra Newton e Allan, dupla de volantes titular. Então, o ponto-chave para o resultado apareceu: a falta de opções para substituir.


- A primeira meia hora foi muito boa. Jogamos um bom futebol, acho que também gastamos muita energia e não conseguimos o resultado que merecíamos. Com o volume que fizemos, temos que fazer mais gols. A segunda foi mais difícil, as trocas deles colocaram muita energia e precisávamos defender mais. Acho que o resultado foi o correto - analisou Davide Ancelotti.


Sem Marlon Freitas, suspenso, Danilo Barbosa, liberado para negociar com clube da Arábia Saudita, e Danilo, ainda em recondicionamento físico, a única opção de volante no banco era Huguinho, jogador de 18 anos com dois jogos no time principal - ambos no Carioca com a equipe alternativa.


- Acho que o Corinthians, na segunda parte foi melhor, e mereceu o empate. Hoje faltou um jogador muito importante para a gente que é o capitão (Marlon Freitas), e Danilo também. São dois jogadores que podem ajudar quando tenho que refrescar a energia no meio - completou o italiano.


A frente também sentiu: sem Artur, poupado com dores no peito, Nathan Fernandes, geralmente opção acionada no segundo tempo, foi titular. Arthur Cabral terminou todo o jogo, mas já não tinha a mesma intensidade e, consequentemente, participação ativa no duelo desde a metade da etapa final. Mastriani, centroavante reserva, foi um dos últimos atletas acionados para irem ao aquecimento.


O Botafogo passa por uma reformulação silenciosa no meio da temporada. São esperadas, no mínimo, 12 saídas. Neste empate, a conta por um elenco curto em certas posições chegou: não há muitas opções para volante e atacante.

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