John Textor confirma que pretende separar Botafogo SAF da Eagle Holdings Limited após processo de donos da Iconic Sports, por causa de caos no Olympique Lyonnais

 

    
John Textor no Estádio Nilton Santos com o uniforme II do Botafogo e Reebok da Coleção Aura 90 2025/2026 - Foto Reprodução/Amazon Prime Video


Após o empate em 1 a 1 entre Botafogo e Corinthians, neste sábado, no Nilton Santos, o empresário e dono da SAF do clube, John Textor, falou com a imprensa tocou em assuntos financeiros. Entre várias respostas, admitiu que quer separar o Alvinegro da "parte europeia" da Eagle Holdings Limited, que tornou-se alvo de disputa na Justiça dos Estados Unidos. Também falou da relação atual com o Lyon, da França.


— Vou falar claramente para todos aqui. Botafogo está gerando uma quantia significativa de dinheiro e está financiando várias operações de perda do Lyon. Várias matérias que você lê na França que dizem que o Lyon pagou pelos títulos do Botafogo são erradas. Ganhamos dinheiro com títulos, vendas de jogadores e porque somos bons no negócio. Botafogo financia a Europa, e não o contrário. Somos uma organização auditada por empresas do maior calibre, fizemos tudo isso para entrar no IPO, não há debate. Não há problema financeiro. Estamos financiando a Europa. Quero separar o Botafogo da parte europeia (Lyon), mas isso é a com diretoria da Eagle — declarou o empresário.


Textor também foi questionado se teme perder o controle do Botafogo. Vale lembrar que o empresário e a Iconic Sports de James Dinan, Alexander Knaster e Edward Eisler, fundo de investimentos que ajudou a levantar verba para a compra do Lyon, estão brigando judicialmente pelo controle da empresa multi-clubes de Textor. Na última semana, diretores da Ares tentaram tirá-lo do comando do Alvinegro.


— Não estou. Sou o acionista majoritário da Eagle e a Ares é uma das investidoras. Está claro que cometi erros na França ao tentar ser um reformista. A liga é problemática e a federação quer tomar o campeonato lá. Só há um homem comandando o DNCG (órgão regulador de finanças) e ele tem muito poder, não há regras no preto e branco, é tudo muito arbitrário. A França quis uma mudança de rosto, eles cansaram de me ouvir falando de mudança. Eu quis colocar o modelo da Premier League lá, sem o DNCG. Eu voluntariamente saí porque entendi que eu era o problema. Estou calado porque queria que a Michele (Kang) ganhasse o caso. Meu ego e posições eram pouco importantes. Sempre fomos saudáveis financeiramente, a Uefa nos aprovou. No dia 20 de maio, o DNCG olhou no meu rosto e disse que rebaixamento estava fora de cena. O que mudou até junho? Claramente era sobre mim. Eu ainda sou o acionista majoritário e controlo a maior parte das decisões. Ares não tem o direito de me tirar.


"Sobre o Botafogo, nós somos estáveis. Somos organizados, tivemos nosso melhor ano em 120 anos. Michele pode ficar na França e eu no Brasil. Somos uma família. Não estou com medo", declarou Textor.


Ainda diante dos questionamentos, Textor mais uma vez foi claro ao dizer que "quer comprar o Botafogo e tirá-lo da Eagle". Também admitiu que há uma conversa em curso para saber se comprará ou não o clube novamente.


— Eu não pedi por ajuda. Eu quero comprar o Botafogo de volta e tirá-lo da Eagle. Vou continuar sendo o dono da Eagle, mas acho que seria melhor o Botafogo estando separado. Existem parcerias na Europa que são melhores para o clube. Quando você quer vender, os diretores indicam que você se afaste para evitar conflito de interesse. Não é uma discussão, estamos conversando sobre comprar ou não o clube novamente. Quando isso chegou aqui (Brasil), o clube social disse que não queria mudanças e quer estabilidade depois de 35 anos de instabilidade. Fiquei impressionado.


— É uma conversa. É uma negociação amigável. Eu falo com os diretores da Eagle e eu sou o dono da Eagle. É um debate se controlamos nosso clube junto com o Lyon ou separado do Lyon. É uma discussão sobre família. Se eu achar que o clube deve correr separado, a maior parte do conselho da Eagle são pessoas que eu apontei. [...] Já temos muita autonomia no clube. Não sei muito o que mudaria. Teríamos a mesma liderança, não teria muita mudança no estafe. É mais um debate no longo termo do que de imediato.

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