John Textor muda de versão novamente sobre recompra, e diz que Botafogo deverá permanecer na Eagle Football Holdings Limited, a mesma do imbróglio com os outros acionistas e que o Lyon faz parte

 


Tanta confusão pra nada? Ficou sem credibilidade no mercado? Evangelos Marinakis e Keith Reginald Harris não aceitaram emprestar dinheiro pra John Textor? Ou simplesmente John Textor se perdeu, e tomou um nó da Eagle Football Holdings Limited juridicamente? São perguntas que o próprio John Textor tem que responder a torcida do Botafogo. Principalmente agora que mudou de versão, usando a comunicação oficial do Botafogo.


John Textor se pronunciou no fim da noite desta última terça-feira (19/8), por meio da assessoria de comunicação do Botafogo, sobre as últimas notícias envolvendo as disputas dentro da Eagle Football Holdings Limited. O empresário norte-americano negou que haja um prazo para ele “recomprar” a SAF alvinegra como blogueiros de O GLOBO haviam informado, e disse acreditar na permanência do Botafogo na atual rede multiclubes que o Lyon faz parte.


— Notícias sobre um cronograma específico para a realização de uma oferta de aquisição não são verdadeiras. Estamos tendo conversas produtivas, dentro da Eagle, para resolver todas as divergências entre os acionistas e tomar uma decisão sobre nossa futura estratégia de negócios. A compra pela gestão é apenas uma das opções que foram consideradas, e é provável que permaneçamos unidos em nossa atual rede multiclubes.


— A especulação de terceiros, que têm suas próprias agendas, é contraproducente. Se não tiver uma fonte citada diretamente, simplesmente não acredite. Tanto a Eagle Football Holdings Limited quanto a SAF Botafogo estão focadas na continuidade de uma temporada de sucesso em 2025”


Advogados da SAF alvinegra entraram na segunda-feira com um recurso na 2ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Eles pedem para a Justiça não acolher a liminar pedida pela Eagle para suspender ações recentes tomadas por John Textor.


Segundo a ação da SAF, John Charles Textor teria direito a tomar decisões sobre a empresa em meio ao litígio com os outros acionistas. Os advogados que representam o Alvinegro argumentam que a Eagle age de maneira que visa deixar o Botafogo financeiramente inviável, sem recursos, o que não pode e nem deve ser tolerado. 


O dono da SAF do Botafogo continua sendo proprietário da empresa que criou, mas não possui quase nenhuma ação prática na rotina de comando da companhia. Isso reflete no Alvinegro, alvo de ações judiciais e um processo de revenda no meio da temporada.


John Textor foi retirado da presidência do Lyon após o time francês continuar na primeira divisão da França (LIGUE 1) e sobreviver às ameaças de rebaixamento por problemas financeiros após o feito de Michele Kang e Michael Gerlinger. O combinado entre as partes era de cortar qualquer relação com o Norte-americano - a Ares Management Corporation, uma das empresas de financiamento e de crédito que ajudou a financiar a compra do time na França, defendeu essa ideia.


Para adquirir o Lyon, o executivo pegou dinheiro emprestado com a Ares, Michele Kang, hoje presidente do Lyon, e a Iconic Sports. Em troca, deu 40% das ações da Eagle Football. As ações de Botafogo e RWDM Brussels, antigo Molenbeek, outro clube que forma a rede, foram as garantias.


Textor continua assinando atas como dono da Eagle - apesar de não tomar mais decisões importantes - e do Botafogo. Há três semanas, a empresa, em movimento coordenado da Ares, sugeriu que o americano recomprasse as próprias ações do Alvinegro que estão presas ao fundo de investimento.


Para isso, Textor teria que se desvincular do Botafogo até que a revenda fosse concretizada porque, para a Justiça, o movimento é visto como conflito de interesse - ele é dono tanto do Alvinegro quanto da Eagle. Internamente, dirigentes alvinegros entenderam que a intenção era tirar o Norte-americano do poder e, neste intervalo, mudar o conselho para colocar um novo representante. O clube social e os funcionários impediram a ação ao enviar uma carta à Eagle, na qual o dono foi protegido.


A Eagle não é contra vender o Botafogo, mas manifestou que não vai fazê-lo a Textor enquanto ele for o dono das duas pontas envolvidas na negociação. Há o temor de alegações de fraude serem feitas na Justiça.


Por isso, que a Eagle Football Holdings Limited, em tese, considera que negociar o Alvinegro para um investidor diferente seja o melhor caminho. Porém o clube social ainda não se definiu sobre isto. Os dias passam, e assim como semanas, mas ainda não há um dia da longa novela terminar. Apenas John Textor mudando de versão a cada novo dia. Após ter sido retirado do Lyon, Textor alegou que passaria mais tempo no Botafogo, porém só apareceu na apresentação do técnico Davide Ancelotti, e no jogo contra o Corinthians, depois disto sumiu novamente. A torcida do Botafogo aguarda um coletiva limpa e clara, sobre o que está acontecendo, e o que há de vir, no momento há muitas indefinições. Sem uma data para o fim de todo este imbróglio.

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