Foto: Icon Sport
Conforme nós da Gazeta Botafogo trouxemos em 03/10 que o Mês De Outubro seria de decisões, isto está ocorrendo dia após dia, semana após semanas. E a situação de John Textor não está nada boa, com a Eagle Holdings BidCo.
Conforme antecipamos ontem à noite, no Twitter/X, de que a Eagle estava se movimentando para uma manobra de afastamento ou John Textor aceitar ter mais outro parceiro (diretor independente/outro acionista) e que tenha respaldo como segundo dono da SAF Botafogo:
John Textor está em frangalhos, a Eagle Football Holdings BidCO vai buscar tirar ele de vez do comando, sozinho não fica. Pois fez uma dívida indevida. A Iconic Sports vencendo JT na justiça britânica definitivamente também em segunda instância, será o golpe final.
— Gazeta Botafogo ⭐📰 (@agazetabotafogo) October 24, 2025
O quase rebaixamento à LIGUE 2, por uma péssima gestão financeira na administração do Lyon, é um dos argumentos da Eagle Football Holdings BidCo na Justiça, para querer a limitação do poder de John Textor no Botafogo. A companhia quer impedir que o empresário norte-americano tome decisões sem a anuência do diretor independente. A informação é do site “GE” nesta sexta-feira (24/10).
A Eagle diz ter dificuldades para saber a real situação financeira do Botafogo e alega que as manifestações públicas da SAF sobre a necessidade de “novos recursos” é um indício do atual quadro. A holding não confia mais em Textor, segundo a reportagem.
Em petição no último dia 20/10, a Eagle enumerou razões para mostrar grande preocupação com John Textor.
– Em uma conferência de imprensa de 16 de novembro de 2024, o Sr. Textor insistiu publicamente que “Nós [o Lyon] não seremos rebaixados, não há nenhuma chance. Eu sei que nossa situação fazem alguns serem céticos”.
– Em 24 de junho de 2024, o Sr. Textor assegurou ao público repetidamente de que o Lyon estava em condições financeiras fortes. Ele disse que “graças às contribuições de capital dos nossos acionistas e à venda do Crystal Palace, nossa posição de caixa melhorou consideravelmente e temos recursos mais do que suficientes” para atender aos requisitos regulatórios
– Mais tarde naquele dia, a DNCG anunciou o rebaixamento do Lyon à segunda divisão do futebol francês devido a preocupações com uma dívida de quase R$ 3,5 bilhões – aproximadamente 540 milhões de euros – e a falta de transparência financeira.
– Em uma entrevista subsequente em 28 de junho, o Sr. Textor insistiu: “Nunca estivemos tão líquidos em caixa”, enquanto culpava os reguladores franceses e conflitos internos.
– Além disso (…) não há dúvidas de que o Sr. Textor — que continua a usar e abusar do cargo de administrador da SAF Botafogo — jamais poderia e não pode continuar a interferir diretamente na contratação, negociação ou aprovação da transferência de bens, ativos e recursos financeiros da Companhia para veículos de sua propriedade, com o intuito de privilegiar interesses emulativos – aponta ainda o documento.
A Eagle ainda afirma que o processo de reversão do rebaixamento contou com injeção financeira emergencial dos acionistas, mas o único que não contribuiu foi Textor. Durante a reestruturação do clube francês, foram identificadas falhas financeiras, principalmente relacionadas às transações intragrupo, ou seja, com clubes da rede.
A Holding segue alegando ter dificuldades para entender a atual situação financeira do Botafogo. Mas, considera que manifestações públicas sobre a necessidade de investimento mostram um pouco do cenário.
Uma delas foi a fala do CEO da SAF, Thairo Arruda, na reunião do Conselho Deliberativo, de que há caixa para fazer frente aos valores devidos até dezembro deste ano, mas que serão necessários novos aportes para que o clube possa continuar competindo em alto nível em 2026.
A outra é uma nota do próprio clube afirmando que "depende da injeção imediata de novos recursos para que seja viável honrar com o cumprimento de todas as suas obrigações de curto e médio prazo, assim como para que não seja prejudicado o planejamento (e investimentos) da temporada corrente”.
Ainda de acordo com o “GE”, a Eagle e os acionistas temem que o futuro do Botafogo afete não apenas o clube, como também toda a rede multiclubes. De forma resumida ou John Textor aceita ter um sobra de um segundo dono mediante o diretor independente, ou vai ter que ser retirado do cargo de maneira judicial. Além do mais que existe o processo da Iconic Sports na justiça britânica, Textor entrou numa sinuca de bico.
