Marlon Freitas no Meio De Campo do Estádio Monumental De Núñez - Foto Reprodução: Vítor Silva/Botafogo
No reconhecimento do Botafogo do Mâs Monumental nesta sexta-feira, véspera da final da Libertadores, chamou a atenção o volante Marlon Freitas agachado por alguns minutos, tocando o gramado, parecendo conversar com ele mesmo e também realizando uma oração. O capitão concedeu entrevista coletiva depois com o técnico Artur Jorge e explicou o que se passou na cabeça dele naquele momento.
– Acho que o propósito é algo individual nessa caminhada. A gente pensa em muita coisa de tudo que tive que passar para poder chegar aqui. É minha primeira Libertadores, chegar numa final… Acho que é o único clube que vem de uma pré-Libertadores que chega numa final também. São muitas coisas envolvidas. A minha família, já citei o meu pai também, sobre esse sonho… Estou muito feliz de estar aqui, de estar vivendo essa experiência única. A gente precisa desfrutar, nosso time precisa estar com alegria num jogo desse. Sei que a responsabilidade é muito grande, mas foi a alegria, a coragem, a nossa união que nos trouxe até aqui. E amanhã não vai ser diferente, a gente vai desfrutar do primeiro até o último minuto desse jogo – disse Marlon.
– Eu não tinha caído ainda de chegar em uma final de Libertadores. E quando foi ontem [quinta], eu falei assim para o Danilo [Barbosa]: “Hoje a minha ficha caiu, estou em uma final de Libertadores” – contou.
Marlon Freitas recordou os momentos de dificuldade que o Botafogo atravessou ao longo da Libertadores, como as duas derrotas no começo da fase de grupos, e ressaltou uma passagem importante com o técnico Artur Jorge, que estrou na segunda rodada, com derrota para a LDU em Quito.
– Defino essa final de Libertadores como um sonho. Não só o sonho do Marlon, sabe? Mas o sonho do clube, do John, de nós jogadores, da comissão, de todos. A gente lutou muito para chegar aqui. Acredito que para muitos era muito difícil o Botafogo estar em uma final de Libertadores hoje. Nós perdemos os dois primeiros jogos na fase de grupos, quando você perde os dois primeiros jogos a chance de classificação diminui muito. Eu lembro como se fosse hoje. Quando nós perdemos os dois primeiros jogos, a primeira fala do mister foi assim: “Nós vamos classificar, pode acreditar.” E a gente acreditou, a gente trabalhou. Sem escutar os ruídos de fora. E tem sido assim até hoje. A gente faz o nosso melhor, dá o nosso melhor, e os resultados vão aparecer e estão aparecendo. E foi essa fala que me marcou muito, assim que ele chegou, a convicção que ele tinha. É um sonho estar aqui. E a gente vai lutar muito para poder realizar – afirmou Marlon.