O Botafogo pagou caro contra a LDU, na última quinta-feira (21/8), no Estádio Casa Blanca, em Quito, o preço de duas situações importantes em 2025: planejamento e expectativa. O 1 a 0 na ida não foi o suficiente, e o time equatoriano reverteu o placar agregado com extrema superioridade técnica e, principalmente, física e ainda teve a questão de Tiago Nunes ter conseguido a revanche contra o ex-time que treinou em 2023.
A temporada do Botafogo após os títulos da Libertadores e do Brasileirão em 2024 é conturbada e ponta a ponta. Perda de Artur Jorge, briga de John Textor com o empresário do ex-treinador (Hugo Cajuda), Troca de técnicos, o ex-auxiliar Carlos Leiria logo no começo da temporada, e Léo Coelho como diretor de futebol, resultados ruins, eliminações frustrantes, contratações caras sem o retorno esperado após um grande desmanche do time campeão de 2024 e, agora, a esperança pelo que resta.
Isso passa pelo discurso sobre a ¨temporada começar em abril¨, falada por John Textor após as perdas dos títulos da Supercopa do Brasil, para o Flamengo, e a Recopa Sul-Americana, para o Racing Club, e chega à tentativa de um novo time, com novo comando e contratações, mas que mostra fragilidade em todos os sentidos.
Botafogo abaixo na Libertadores 2025
A campanha na Libertadores foi irregular como um todo. Na primeira fase, foram 12 pontos conquistados e, ainda que tenha sido melhor em relação ao ano do título, as atuações já preocupavam. O time se classificou na segunda colocação, atrás do Estudiantes.
No confronto com a LDU, foram escancarados os problemas logo em um jogo de mata-mata e durante fase conturbada da SAF nos bastidores. Nos dois jogos, Davide Ancelotti sofreu com falta de peças no grupo devido aos problemas por lesões, viu necessidade de improvisação e, de quebra, uma das piores atuações sob seu comando na vitória do jogo de ida, no Estádio Nilton Santos.
Após a saída de 3 jogadores importantes para o elenco: Jair, Igor Jesus e Gregore, e com quem criticava sendo chamado de agentes do caos, ou antis, o que haveria de acontecer, ocorreu. O Botafogo caiu na Libertadores 2025 com merecimento. Agora, vira a chave estando nas quartas de final da Copa do Brasil, onde irá enfrentar o Vasco. No Brasileirão, o sonho do título é distante, ainda que o quinto lugar mantenha as esperanças. Porém John Textor enquanto ficar nesta guerra de egos contra a Eagle Football Holdings Limited a situação dentro de campo, seguirá como é fora de campo. Tudo indefinido.
Com a eliminação nas oitavas de final da Libertadores, para a LDU, na última quinta-feira (21/8), na altitude de Quito, o Botafogo se despediu com premiação de R$ 30,4 milhões por seu desempenho. A SAF coloca nos cofres um valor muito menor em relação ao de 2024, ano do título da competição continental.
Em 2024, o Botafogo embolsou R$ 201,5 milhões (Todo este valor foi para o Olympique Lyonnais, conforme revelou Alejandro Domínguez, presidente da Conmebol durante o sorteio da fase de grupos) com premiações da Libertadores. A equipe caminhou desde as primeiras fases, na chamada "Pré-Libertadores", e venceu o Atlético-MG a decisão. A diferença é de R$ 171 milhões.
Com os problemas da SAF, que tem John Textor travando batalha nos bastidores pelo controle das ações com Eagle Football e o fundo Ares, dos Estados Unidos, avançar significaria mais 1,7 milhão de dólares (R$ 9,3 milhões), o que totalizaria, pelo menos, R$ 39,7 milhões.