Após uma tentativa frustrada de John Textor ao tentar salvar o Olympique Lyonnais, clube da cidade francesa de Lyon, localizada na região de Ródano-Alpes. Pois ele seria afastado do clube francês, em 30/06/2025. O Botafogo vem passando por uma crise financeira, além da incerteza sobre o futuro de sua SAF e, por conta disso, busca se antecipar no mercado.
Por meio de João Paulo Magalhães Lins, presidente do Botafogo Associativo, que vem negociando com a EAGLE, um futuro aporte financeiro com o objetivo de resolver a crise financeira atual na SAF.
Mas, para isso acontecer, o clube teria que derrubar o veto que o próprio Botafogo Social, fez tempos atrás, para que a saída de John Textor, possa ocorrer. Se isso acontecer o empresário norte-americano seria excluído do poder da SAF do clube. Apesar disso vir ocorrendo nos bastidores, Textor vem buscando sócios para realizar a recompra do clube. Porém já bateu em ¨várias portas¨ como Keith Harris, Evangelos Marinakis, Kia Joorabchian e até alguns parentes bilionários da família DuPont, e ele ainda não recebeu nenhum sim.
Entretanto, vem enfrentando dificuldades no mercado, principalmente por conta do alto preço pedido pela Eagle. Vale destacar que a situação de Textor com a holding complicou ainda mais após ter sido afastado do Lyon no fim de Junho de 2025.
Isso porque, para buscar a recuperação do clube, foi necessário que outros acionistas da Eagle injetassem dinheiro que foi retirado de lá. Apesar de inicialmente se manter ao lado de Textor, agora o Botafogo associativo foca na solução para o problema financeiro da SAF ser resolvido.
Mas, para isso ocorrer, existem duas prioridades no clube, que é manter a empresa e o futebol viável, sendo necessário a resolução de duas questões. O Botafogo deve mais de R$ 700 milhões em contratações para o Lyon, após o uso de um caixa único.
Além da dívida, ainda precisa de recursos para fechar o ano e conseguir manter o futebol futuramente. Desta forma, ao fechar o acordo com a Eagle, o objetivo é que tenha garantido o aporte de 40 milhões de euros, cerca de R$ 250 milhões.
Esse dinheiro representa o que o clube tem a receber, tirando a dívida com o Lyon. Esse aporte seria utilizado para fechar o ano com os pagamentos de salários em dia e conseguir iniciar a próxima temporada.
Enquanto o imbróglio entre o Norte-americano e seus sócios na Eagle Football Holdings (EFH) se arrasta na Justiça, já há quem considere, seja na ala da SAF ou no clube-associativo, um mundo em que o empresário não esteja mais no comando. Textor, por outro lado, sequer cogita essa possibilidade.
John Charles Textor já não recebe mais o apoio incondicional de figuras importantes do clube-empresa. Internamente, há nítida preferência pela continuidade do projeto com o atual controlador. No entanto, entende-se também que não se pode descartar que outros acionistas e credores da holding possam ter mais acesso e ingerência no clube.
No associativo, o cenário não é mais o mesmo de meados de julho, quando uma carta de lealdade do clube-social foi crucial para impedir que acionistas da Eagle retirassem Textor do comando do alvinegro, num movimento do empresário em reuniões emergenciais do Conselho de Administração da SAF e da Assembleia Geral de Acionistas.
Enquanto são recorrentes as conversas com Textor para tentar auxiliá-lo a solucionar os problemas com os investidores da Eagle, nas últimas semanas passaram a ocorrer, paralelamente, reuniões com figuras da empresa britânica para entender possíveis cenários futuros, dentre eles, qual seria o panorama caso a Eagle assumisse o Botafogo. Nesse contexto, o atual presidente, João Paulo Magalhães Lins, é peça importante.
Um Ítalo-americano no poder?
Nas últimas semanas, João Paulo tem tido conversas com Jean-Pierre Conte, acionista Ítalo-americano que investiu na Eagle com empréstimo à Textor e agora detém 3% das ações da empresa. Conforme informação dada inicialmente pelo ge e confirmada pelo O GLOBO, os dois se encontraram na França no fim de setembro, após a cerimônia de premiação da Bola de Ouro.
The assassination of Charlie Kirk makes me sad for him and his sweet wife Erika and two children. This is yet another dark spot for our country where civil discourse and disagreement is what’s needed for democracy to flourish. There should be no room for political violence.… pic.twitter.com/7udhRfz93d
— Jean-Pierre Conte (@jp_conte) September 11, 2025
JP Conte com jaqueta do Botafogo meses atrás registrou foto com Erika Kirk e Charlie Kirk que seria (brutalmente assassinado por Tyler Robinson, um extremista radical de esquerda e homossexual, que tinha uma relação trans com Lance Twiggs, no campus da universidade de UTAH Valley na cidade de Orem em 10 de Setembro de 2025)
Tradução do Tweet de JP Conte:
O assassinato de Charlie Kirk me deixa triste por ele e sua adorável esposa Erika e seus dois filhos. Este é mais um ponto sombrio para nosso país, onde o discurso civil e o desacordo são necessários para que a democracia floresça. Não deveria haver espaço para violência política. Charlie, Erika e eu nos encontramos recentemente em março de 2025. Ele era apaixonado por ajudar a próxima geração a obter oportunidades e equidade na economia atual. Ele estava genuinamente preocupado que nós, da geração baby boomer, tivemos uma vida muito boa e estamos criando políticas egoístas em tributação e gastos fiscais que dificultam para a geração mais jovem possuir imóveis, economizar dinheiro e se sentir otimista sobre seus futuros. Ele queria que todos pudessem participar do excepcionalismo americano e buscava apoio nesse sentido. Prometi ajudar a próxima geração e mantenho essa promessa, continuando a ajudar de qualquer forma que puder. Ele amava os Estados Unidos, mas sabia que havia questões urgentes que precisavam ser resolvidas. Ele queria ajudar, e eu também quero. Descanse em paz, Charlie Kirk 2025 🇺🇸🙏🏽
O Empresário bilionário do ramo financeiro, JP Conte é dono da Genstar Capital, companhia sediada em São Francisco, na Califórnia, no EUA, e que investe em empresas de serviços financeiros, saúde, tecnologia e software. Apesar de Ítalo-americano, ele possui relações profundas com o Brasil por ter familiares no país e é, entre os demais acionistas da Eagle, o que mais se aproximou do Botafogo. Nas redes sociais, é possível ver publicações de Conte comemorando os títulos conquistados pelo alvinegro em 2024 e fotos dele com o uniforme do clube.
Eleitor de Donald J.Trump, nas últimas eleições dos EUA🇺🇸, Jean-Pierre Conte da Genstar Capital, ajudou John Textor a comprar o Lyon em 2022, e se tornou conselheiro da Eagle Football Holdings. JP Conte foi ao Wembley e junto de Textor viu o Crystal Palace ser campeão da FA CUP. pic.twitter.com/KfdpSITPUI
— Gazeta Botafogo ⭐📰 (@agazetabotafogo) May 18, 2025
JP Conte é eleitor de Donald Trump e apoia o Partido Republicano dos EUA, e registrou foto junto de seu filho, na final da Copa da Inglaterra (FA CUP) com John Textor, que naquele momento já tinha sido colocado de escanteio por Steve Parish, o homem que manda no Crystal Palace desde 2015.
Jean-Pierre Conte também elogiou a manobra de Donald John Trump e Elon Reeve Musk no orçamento financeiro dos EUA:
Em 18/03/2025, 2 meses atrás, Jean-Pierre Conte elogiou as medidas propostas por Donald Trump e Elon Musk, na economia dos EUA.https://t.co/puznuHJiOq pic.twitter.com/PzOcowextd
— Gazeta Botafogo ⭐📰 (@agazetabotafogo) May 18, 2025
João Paulo Magalhães Lins tem relações antigas com um desses familiares de Conte. Em uma das redes sociais do empresário americano, em um perfil privado que conta com apenas 990 “amigos”, o presidente do Botafogo é um dos seguidores. Procurado pela reportagem, João Paulo não se posicionou até a publicação desta matéria.
Ciente desses encontros, John Textor tem agido nos bastidores com a habitual normalidade. O empresário americano tem afirmado a pessoas próximas que não planeja mais recomprar a SAF do Botafogo para a empresa que criou nas Ilhas Cayman, mas sim manter o alvinegro dentro da holding — isso foi prometido pela defesa durante o processo movido pela Eagle.
Enquanto fontes do clube social acreditam que poderiam retirar Textor do controle da SAF caso cheguem em um acordo com outros investidores da Eagle, o empresário americano assegura nos bastidores que isso não seria juridicamente possível. Blindado por suas próprias afirmações, o americano está ciente das movimentações paralelas no alvinegro, mas tenta amparar todas as arestas a tempo de evitar uma implosão que pode ser irreversível.
Se no Brasil Textor vive um cenário até então difícil de ser imaginar há alguns meses, na Europa, a saída repentina de Christopher Mallon, diretor independente nomeado pelos acionistas da Eagle para tomar as decisões do grupo durante o imbróglio, por questões familiares “graves” podem fazer o americano recuperar ao menos parte do poder político perdido na companhia. É o empresário que escolherá o novo diretor a partir de uma lista tríplice apresentada pela Ares, maior credora da holding.
O processo será semelhante com o finalizado ontem, quando Textor definiu o nigeriano Hemen Tseayo como um dos novos diretores da Eagle na vaga que era de Mark Affolter, que também pediu para deixar a companhia.