Davide Ancelotti fala que cartão vermelho mudou o jogo, cita efetividade do Botafogo e elogia partida feita por Fernando Marçal contra o Fortaleza


Davide Ancelotti - Foto: Vítor Silva/Botafogo


O Botafogo goleou o Fortaleza por 5 a 0, na noite deste sábado 9/8, fora de casa, e entrou temporariamente no G-4 do Campeonato Brasileiro. O adversário teve um jogador expulso com cinco minutos, o que, na visão do técnico Davide Ancelotti, facilitou a construção do resultado, assim como o desempenho alvinegro na bola parada:



— Um jogo muito condicionado pelo cartão vermelho cedo. Na primeira etapa, a gente conseguiu marcar um gol de bola parada, que também é importante, mas não jogamos bem, diminuímos muito o ritmo, e o Fortaleza começou a acreditar. Tivemos que aumentar o ritmo, na segunda etapa começamos melhor e conseguimos fechar o resultado. Depois, jogamos bem, os jogadores que entraram também queriam demonstrar, e mantivemos um bom ritmo. Feliz pelo resultado, mas também porque não tomamos gols, importante manter nossa solidez defensiva — disse Davide.


— Temos que procurar criar oportunidades de qualidade, chutar menos de longe porque é mais difícil de fazer gols e procurar passar mais com a bola dentro da área, porque a gente faz gol na área. A bola parada também, três gols no mesmo jogo ajudaram. Porque quando temos problemas na efetividade, a bola parada ajuda a fazer gols — completou o treinador.


Marçal foi o nome do jogo. O lateral jogou como zagueiro por necessidade e deu conta do recado com estilo. Desarmou com precisão e marcou dois gols — um de cabeça e outro em bonito chute dentro da área. Ele foi elogiado pelo treinador do Botafogo:


— Marçal foi o melhor hoje em campo. Merece porque é um profissional que é um exemplo para os companheiros. Pensei que jogar na direita para ele talvez fosse menos complicado do que para o David, porque tem mais experiência. O David já jogou o último jogo com o Barboza como central esquerdo, queria dar continuidade a ele também nessa posição.


Davide ainda citou a passagem pelo Nordeste e a distância que o Botafogo precisa percorrer no Campeonato Brasileiro. Antes do Fortaleza, o treinador já havia ido ao Recife enfrentar o Sport.


— Temos que jogar outro jogo aqui contra o Ceará, então vou convidá-lo (Carlo Ancelotti) para conhecer a cidade, porque é muito bonita. Hoje na cidade vi um pouco da praia e pareceu muito bonita. Jogamos dois jogos no Nordeste. Contra o Sport foi muito complicado. O gramado era muito complicado, assim como hoje. As torcidas cantam o tempo todo. Hoje é difícil avaliar o jogo, porque foi muito condicionado pelo cartão (vermelho). Claramente tem a diferença de clima, há muito calor e umidade. Adaptação era uma palavra importante para a gente hoje. Tínhamos que nos adaptar rápido, porque a viagem é algo que temos que considerar. Na Europa, a velocidade do jogo é muito alta. Aqui, tem outras características, com jogadores mais técnicos.


O Botafogo volta a campo na próxima quinta-feira, às 19h, no Nilton Santos, para enfrentar a LDU. O jogo é válido pela partida de ida das oitavas de final da Libertadores. Pelo Brasileiro, o time enfrentará o Palmeiras na próxima rodada, no domingo que vem, também em casa.

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