O Botafogo vive novo capítulo de incertezas fora de campo. O impasse entre John Textor e a Eagle Football sobre o controle da SAF do Alvinegro segue sem resolução, travando decisões e afetando diretamente a saúde financeira do clube para a temporada 2025.
A Eagle insiste que só fará mudanças estruturais e novos aportes caso Textor deixe o comando da SAF. O executivo, por sua vez, não considera se afastar e, nos bastidores, tem se aproximado de Christopher Mallon, advogado escocês que já atuou na reorganização financeira do Lyon. Mallon foi escolhido pelos outros acionistas da Eagle para assumir papel estratégico na empresa.
IMPASSE NA SAF BOTAFOGO
Apesar de mais um round judicial entre as partes, houve, recentemente, uma aproximação entre Textor e Mallon, com troca de mensagens em clima amistoso. A Eagle chegou a propor acordo na Justiça neste mês de setembro, mas não houve consenso por parte de John Textor.
Textor não controla mais a Eagle, mas mantém influência no Botafogo ao solicitar o arresto das ações da holding junto à SAF na Justiça, impedindo mudanças no comando do clube. Enquanto não há definição, a Eagle justifica que eventuais investimentos só virão com informações detalhadas do cenário financeiro, mencionando dúvidas sobre o tamanho da dívida e compromissos a curto e médio prazo.
Por outro lado, Textor afirma que tem valores a receber de terceiros, como a cobrança de mais de R$ 400 milhões do Lyon. A falta de acordo imediato preocupa o torcedor, já que o clube não conta mais com a entrada de dinheiro que teve em 2024 e pode não conseguir honrar compromissos em 2025.
A Eagle reforça que, sem o afastamento de Textor, não há possibilidade de novos aportes na SAF Botafogo. Já o Norte-americano busca alternativas para tentar um entendimento, porém nenhum bilionário quis se arriscar, pois além de investir, terão que pagar as dívidas que John Textor fez, nos últimos meses.