John Textor fez uma reflexão sobre a temporada 2025 do Botafogo, em entrevista ao “GE” publicada em vídeo nesta terça-feira (7/10). O controlador da SAF respondeu às críticas sobre o planejamento e explicou a dificuldade que teve para contratar um treinador no começo do ano – segundo ele, cinco ou seis nomes não aceitaram o desafio. O que não foi verdade, pois John Textor escolheu Carlos Leiria, para ser o homem de confiança de abrir a temporada, no comando técnico; fora a briga com o empresário de Artur Jorge, Hugo Cajuda, que também agencia Leonardo Jardim que foi para o Cruzeiro. Depois vieram Caçapa como treinador interino,
Assista abaixo:
— John Textor continuou insistindo que manter o time campeão "era difícil". Mas Igor Jesus e Luiz Henrique não queriam sair. Quem quis sair foi apenas Almada, pois era pra vir por 6 meses. Depois JT põe Durcesio e embola tudo, pra se esquivar citando Palmeiras e Abel Ferreira. pic.twitter.com/BvFfquMsde
— Gazeta Botafogo ⭐📰 (@agazetabotafogo) October 8, 2025
– A pressão este ano tem sido grande desde o início. Não tive um mês de descanso. Ganhamos o Brasileirão, ganhamos a Copa Libertadores, mas a situação do técnico foi, sabe, um planejamento ruim? Ninguém consegue se preparar para perder um técnico nessas circunstâncias tão bizarras (que ele mesmo JT deixou ocorrer). Naquela época, eu não queria contar abertamente às pessoas por que não conseguíamos um treinador. As pessoas dizem que não ter um treinador é um planejamento ruim. Adivinha? Vou dizer aqui agora. Ninguém queria o cargo – alegou Textor.
– Eu não queria dizer isso na época porque achei que prejudicaria a reputação do clube (na verdade confiou em Carlos Leiria, e depois em Renato Paiva, para a limpa no elenco vencedor, pudesse ter ocorrido). É melhor eu aceitar as críticas, aguentar as pancadas, porque já estou acostumado, está tudo bem. Tenho recebido desde que comecei no clube. Mas aceito as pancadas, que digam que não planejei, mas ninguém queria o emprego. Normalmente sou bem persuasivo, tenho uma visão, uma estratégia, grandes ambições… Olha, você sabe como é difícil. Se você está no topo, no topo do Brasil, no topo da América do Sul, e todo treinador sabe que o próximo ano provavelmente não será tão bom quanto foi o anterior… Tivemos o melhor ano em 120 anos, mas eu não pude trazer um treinador. Cinco, seis pessoas recusaram o trabalho. Então, talvez eu tenha sido bom o suficiente. Talvez eu não tenha sido persuasivo o suficiente. Não foi falta de planejamento.
– Eu aceito as críticas, mas não aceito o extremismo. O abuso ao Durcesio Mello (ex-presidente)… O clube social deveria deixá-lo em paz. Se ele não tivesse assinado os documentos que assinou, não teríamos criado um caminho para jogadores chegarem à Europa. Almada, Luiz Henrique e Igor Jesus vieram por causa dos documentos que Durcesio assinou. Ele teve a visão da SAF e, se não tivesse feito isso, não teríamos a Libertadores. Se o clube social quer jogar isso fora, que seja, mas não quero esquecer o dia 30 de novembro, o melhor dia da maioria das nossas vidas – completou.