A participação de John Textor no Podcast Rothen S´Enflamme (Rothen está pegando fogo) na tradução livre, não teria como ele não citar o Botafogo.
Assista abaixo:
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Um dos apresentadores do podcast Benoit Boutron deu às boas-vindas para John Textor, logo após o Bom dia e como vai de Jérôme Rothen que perguntou: John Textor, bem-vindo novamente à França. Por que você está atualmente na França?
Textor: Venho à França com bastante frequência. Acho que você acabou de me apresentar como "ex-dono do Lyon", certo? (sorri)
Benoit Boutron: Você ainda se considera o chefe deles (Lyon) então?
Textor: Eu não sou o presidente, mas ainda sou o dono. Obviamente, não preciso mais vir à França com tanta frequência quanto costumava fazer a trabalho. Venho por prazer, amo a França. Minha mãe é francesa, tenho muitos amigos aqui. Ainda amo a equipe e a comunidade do Lyon, gosto de manter contato com a França.
Benoit Boutron: De fato, houve uma mudança no Lyon no final de junho, quando Michele Kang foi nomeada presidente do OL. Você nos diz hoje que ainda é o proprietário pela holding Eagle Football...
Textor: Sim, a Eagle Football é acionista da OL com 93% ou 94%, sendo a acionista majoritária. Eu diria que cerca de 30 dias antes da audiência perante a DNCG, eu sabia que tinha problemas com a governança do futebol francês. Tomei chá com Michele Kang uma noite em Paris. Pedi para ela pensar em ser co-presidente aqui, pelo menos, por causa dessas questões. Sabíamos que, politicamente, com governança, minha natureza divertida e disruptiva não era boa para meu relacionamento com a DNCG e pedi para ele pensar em assumir essa posição. Com o rebaixamento, tornou-se necessário. A única forma de tomar a decisão era trocar o líder.
Benoit Boutron: Se entendi corretamente, o fato de Michele Kang estar à frente da direção esportiva era uma questão de pessoa para você. E você acha que ainda pode tomar decisões para a direção esportiva, não está excluído das estratégias que dizem respeito à esta direção esportiva?
Textor: Michele é presidente do OL, ela responde ao conselho diretor do Lyon. E o conselho de administração é responsável perante o acionista. Não preciso estar envolvido diariamente, mas se uma decisão precisa ser tomada além desse quadro, é aí que o acionista entra.
Jérôme Rotten: Você tem acompanhado os resultados do OL desde o início da temporada?
Textor: Sim. Há um pouco de amargura porque acho que a decisão da DNCG não foi baseada no aspecto financeiro, mas sim em um ato esportivo. Quando olho para o time, vejo o departamento de futebol, trabalhei duro para reconstruí-lo, vejo o incrível Matthieu Louis-Jean, o time de olheiros, tudo mudou, foi reconstruído desde a saída de Jean-Michel Aulas. O treinador (Paulo Fonseca), que acompanhei por anos, todo mundo sabe que eu gosto de treinadores portugueses. Ele havia feito um bom trabalho, não só em Portugal, mas também na França (Anos atrás comandando o Lille). Então há amargura. O departamento de futebol fez um trabalho incrível, construiu um time com enormes limitações, algemas que não deveriam ser colocadas neste time. Poderíamos ser muito melhores se tivéssemos mais jogadores. Jogadores que estariam disponíveis para nós. Metade do time (do Botafogo) que venceu o PSG em Los Angeles se mataria para estar no Lyon. Mas não conseguem. A DNCG tomou uma decisão que, na minha opinião, é de natureza esportiva e não financeira.
